Por Norian Segatto
Na quinta-feira, 23mar, os metroviários de São Paulo cruzaram os braços exigindo a revogação de demissões por aposentadoria e outros desligamentos realizados em 2019, no governo Dória, fim das privatização, novas contratações e pagamento de abono como forma de compensar a Participação dos Resultados e Lucros (PRL) que não foi repassada aos trabalhadores entre 2020 e 2022.
A paralisação teve adesão da maioria dos metroviários. O movimento durou 24 horas, mas uma atitude irresponsável e de má-fé do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) revoltou a categoria, prejudicou a população e dificultou as negociações.
No início da paralisação, o carioca governador paulista aceitou liberar as catracas para evitar transtornos para a circulação das pessoas que utilizam o metrô. O anúncio foi feito publicamente, milhares de trabalhadores/as/estudantes foram às estações, mas encontraram as catracas trancadas. Quebrando o acordo que havia feito minutos antes, Tarcísio de Freitas ingressou com uma liminar contra a passagem livre. “Os metroviários estão revoltados com o que o governador Tarcísio fez ontem, com aquela mentira em relação à catraca livre. Essa postura que nós entendemos como uma molecagem, um desrespeito, gerou enorme indignação na categoria”, afirmou a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, conforme reportagem do portal UOL.
No dia seguinte a categoria encerrou a greve em uma assembleia bastante concorrida e disputada: 1480 metroviários deliberaram pela suspensão da greve contra 1459 que queriam a continuidade do movimento.
A lamentável atitude de Tarcísio de Freitas mostra com que tipo de pessoa os servidores estaduais terão de lidar pelos próximos anos. Você compraria um carro desse sujeito?
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Crédito Fotos
Roberto Costa / Código 19 / Estadão conteúdo
Marcelo Camargo / Ag. Brasil