Anúncio foi feito pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, no Palácio da Alvorada
Ao sair de reunião com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, no Palácio da Alvorada, na tarde de hoje (14), o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que a reforma da Previdência do governo vai prever idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e de 62 anos para mulheres. Segundo ele, o texto será enviado ao Congresso no próximo dia 20. O governo não divulgou detalhes sobre o projeto, o que será feito apenas depois de enviá-lo ao parlamento.
Pela manhã, a mídia reproduziu a promessa de Bolsonaro de que pretendia “bater o martelo” nesta quinta, sobre a reforma. O termo “bater o martelo” foi repetido em uníssono pelos veículos de comunicação, após o anúncio.
As idades mínimas devem ser concretizadas no final de um período de transição de 12 anos. O secretário especial disse aos jornalistas que Bolsonaro “acha importante que mulher se aposente com menos tempo”.
Marinho afirmou também que o presidente da República teve “sensibilidade” ao estabelecer idades mínimas diferentes para homens e mulheres e diante das questões econômicas. Bolsonaro “tem sensibilidade e entendeu também as condições da economia”, garantiu.
A sensibilidade reclamada por Marinho, no entanto, é menor do que a demonstrada no passado recente das declarações de Bolsonaro. Em 2017, segundo informou a coluna da Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, Bolsonaro disse que “aprovar uma reforma [da previdência] com 65 anos é, no mínimo, uma falta de humanidade”. Essa declaração foi dada quando o então governo de Michel Temer (MDB) apresentou texto da reforma, que previa a idade mínima de 65 anos.
Também no dia 20, as centrais sindicais farão um ato nacional em defesa da Previdência pública. Ontem, Guedes recebeu um grupo de dirigentes.