29/06/2009
Na última sexta-feira, dia 26 de junho, a atual direção do SINSPREV-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo), deu mais uma demonstração de como pretende conduzir o Sindicato em sua gestão: com práticas que nos remetem às perseguições facistas e nazistas.
O episódio antidemocrático e de prática antissindical dentro do próprio sindicato, aconteceu numa assembleia com os trabalhadores/as do INSS, cuja pauta era avaliação e rumos da greve no estado. Em mais uma atitude golpista, a atual direção, aproveitou-se da ocasião para, de forma arbitrária, expulsar a companheira Miraci Astun (PAN Várzea) e Pedro Totti (INSS Piracicaba) do quadro de associados do Sindicato. Este tipo de atitude evidencia que democracia não faz parte dos princípios da atual direção, composta por Conlutas/Intersindical (PSTU/PSOL).
A realidade dos fatos é que os companheiros expulsos são da Oposição Cutista, chapa que concorreu às últimas eleições do Sindicato e obteve quase a metade dos votos. Porém, a atual direção do SINSPREV alega que as expulsões foram encaminhadas como punição aos companheiros, acusados de não terem aderido à greve. Perante esta atitude, concluímos que para a atual direção, se fuzilamento fosse permitido, seria uma prática usual no Sindicato.
O presidente do SinPsi, Rogério Giannini, que coordenou a chapa de oposição cutista na última eleição do SinsPrev, lamenta o ocorrido mas não se surpreende: “o autoritarismo permeou as relações durante o processo eleitoral, após isso parecem que querem destruir a oposição impedindo que o debate seja feito com a base. O que feito é gravíssimo e sem precedentes no sindicalismo dos últimos tempos. O Psol e o PSTU têm obrigação de dialogar com seus militantes no SinsPrev, caso contrário serão avalistas de um ato facista “.
A Central Única dos Trabalhadores repudia atitudes arbitrárias como estas, que ferem os princípios de democracia, de liberdade e de organização sindical. Repudia ações que, como as do episódio ocorrido, visam atender a interesses políticos de determinados grupos Conlutas/Intersindical (PSTU/PSOL) e não a interesses da categoria.
A CUT denuncia a forma golpista com que esses grupos têm conduzido o Sindicato, com manipulação de servidores e utilização de assembleia para votar assuntos fora da pauta específica, que necessitariam de toda a categoria presente (Saúde e INSS).
A CUT torna este fato público e reafirma que não medirá esforços para defender os servidores da Saúde e do INSS de grupos que não conseguem conviver com as diferenças.
Texto a partir de http://www.cut.org.br/content/view/15306/