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Luta antimanicomial reuniu manifestantes em marcha pela Avenida Paulista

No último sábado, dia 18, cerca de 1,5 mil pessoas, de 15 municípios paulistas, se concentraram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na capital, em torno da bandeira “A luta não para”, por uma sociedade sem manicômios e em defesa do tratamento em liberdade. 

A descontração e a alegria deram o tom à manifestação, que contou com a presença de representantes do Sindicato dos Psicólogos, de diversos movimentos sociais  e de profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de várias regiões, além de usuário e seus familiares. A bateria do Complexo Prates e o cordão carnavalesco Bibi-Tantã animaram os participantes, que marcharam pela Avenida Paulista rumo à Praça Dom José Gaspar, no centro da cidade.

Segundo a conselheira Marília Capponi, representante do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP SP) na Frente Estadual Antimanicomial – organizadora do evento -, a diversidade foi a marca deste ano. “Reunimos maior número de usuários e envolvemos vários e diferentes segmentos da sociedade”, comemorou. Rogério Giannini, presidente do Sindicato dos Psicólogos, reafirmou o compromisso com a luta antimanicomial, “o SinPsi participou da organização da marcha e considera essa questão uma pedra fundamental da nossa identidade profissional. A sociedade reconhece a psicologia como uma importante contribuição à saúde publica e particularmente à saúde mental. Aqui fazemos denúncia mas também comemoramos essa cultura de liberdade e valorização da diferença”, conclui Giannini.

Ao final da marcha, parte dos manifestantes permaneceu na Praça Dom Gaspar para acompanhar as intervenções da Tenda Paulo Freire, idealizada de acordo com o modelo de educação popular. Desde as 10h, quando foi montada, passaram por ela mais de 400 pessoas, entre integrantes dos movimentos antimanicomiais e em trânsito pelo local. O objetivo da Tenda, estruturada por membros da Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde (Aneps-SP), de propor o exercício da liberdade e do aprendizado compartilhado, foi alcançado com plenitude. Thamara Fernandes Sales Santos, organizadora do evento, destacou as manifestações espontâneas como pontos fortes. A programação contou ainda com “Corredor de Cuidados”, práticas tradicionais coletivas e individuais, massagem rítmica e distribuição de cordéis especialmente elaborados para o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, rodas de conversas e atividades culturais.

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