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Mais de 600 pessoas prestigiaram comemorações do cinquentenário

Os 50 anos da Psicologia no Brasil foram comemorados nesta quinta-feira (23/8) com um Ato Solene que levou mais de 600 pessoas ao auditório Petrônio Portella, no Senado Federal. A senadora Marta Suplicy (PT-SP), que é psicóloga, comandou os trabalhos ao lado do presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Humberto Verona, da presidente da Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi), Fernanda Magano, da ex-presidente do CFP, a professora doutora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Ana Bock, do ex-ministro de Direitos Humanos, diretor do Instituto Lula, Paulo Vannuchi e do vice-presidente de negócios dos Correios José Furian Filho.

A senadora parabenizou o Conselho pelas conquistas históricas nos últimos 50 anos e destacou a atuação das psicólogas e psicólogos como instrumentos para promoção de harmonia na sociedade. “A grande função do psicólogo é a de promover harmonia e tornar a sociedade mais justa”, afirmou. A senadora enfatizou, ainda, o poder de mobilização do CFP ao reunir mais de 500 pessoas na solenidade. “É muito significativo ver este auditório lotado, em um dia festivo como este para a profissão”.

Em seu discurso, o presidente Humberto Verona, fez uma retrospectiva histórica da profissão, mostrando um panorama da atuação das psicólogas e psicólogos desde a aprovação da Lei nº 4.119, em 1962, que regulamentou a profissão. “É irrefutável o progresso que a psicologia como ciência e profissão alcançou nos últimos tempos neste país, reflexo da preocupação humana n a busca da compreensão dos processos subjetivos presentes na vida moderna”.

Verona também destacou a responsabilidade da psicologia nas transformações sociais. “A psicologia assume novos papéis à luz dos direitos coletivos, direitos humanos e sociais. A atividade das psicólogas e psicólogos passa a se articular com as lutas sociais e têm sido incansável na denúncia de todo e qualquer tipo de violação de direitos”, afirmou.

O retorno da psicologia ao Congresso Nacional foi enfatizado pela professora doutora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Ana Bock. “A psicologia percorreu um caminho que volta a essa casa com outra natureza. Depois de 50 anos, sabemos que voltamos diferentes. Estamos voltando à sociedade brasileira, pois passamos a nos preocupar com a sociedade”. Ana Bock foi homenageada pelo CFP por sua atuação na profissão como porta voz do compromisso social em psicologia e recebeu uma placa de honra ao mérito.

A presidente da Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi), Fernanda Magano, destacou as lutas e conquistas da categoria ao longo dos anos. “Temos importantes conquistas recentes como a aprovação da jornada das 30 horas na Comissão de Seguridade Social e Família. E estamos na luta incansável contra o ato médico. Quando falamos em ato médico queremos incentivar outros colegas a também se mobilizarem, pois estamos falando no respeito a todas as profissões”, enfatizou.

O ex-ministro de Direitos Humanos Paulo Vannuchi mencionou a importância da atuação do Conselho na defesa dos direitos humanos. “O CFP liderou a busca pelas discussões em torno dos direitos humanos e é extremamente responsável pela amplitude da luta antimanicomial. Graças à atuação do Conselho os direitos humanos podem seguir comemorando com a garantia de que a democracia brasileira vai avançar”, finalizou.

Selo comemorativo

Os 50 anos da psicologia foram eternizados na filatelia brasileira. Em homenagem à data a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) lançou um selo e um carimbo comemorativos. Os selos personalizados trazem um Ipê amarelo com o mapa do Brasil e do outro lado a marca comemorativa dos 50 anos. Já o carimbo traz a frase usada pelo Conselho nas comemorações: “50 anos da psicologia: muito a comemorar, muito mais a fazer”.

Segundo o vice-presidente de negócios dos Correios, José Furian Filho, as peças filatélicas além de circularem nas correspondências de todo o Brasil, vão enriquecer o acervo histórico da empresa. “A psicologia vem se expandindo marcada pela luta dos direitos humanos. O selo vem perpetuar o cinquentenário e esse momento festivo”.

As peças, emolduradas, foram entregues para todos os integrantes da mesa.

 

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