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Militância da CUT participa de atos nesta terça, pelo fim do Fator Previdenciário e correção da tabela do I.R.

Mobilização em São Paulo será a partir das 9h00 na Praça da Sé. Caminhada vai até a sede do INSS

A CUT e as demais centrais sindicais realizam nesta terça-feira (12), em todo o País, o Dia Nacional de Mobilização para reivindicar o fim do Fator Previdenciário e a imediata correção da tabela de Imposto de Renda.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, participa do Dia Nacional de Mobilização no Rio de Janeiro. Vagner estará, às 15h00, em frente a sede do INSS, na Rua Pedro Lessa, no Rio de Janeiro.

Em São Paulo, o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, estará junto com outros dirigentes e a militância CUTista a partir das 09h00, na concentração que será na Praça da Sé. Por volta das 10h00, todos seguirão em passeata até a sede do INSS, no Viaduto Santa Ifigênia.

Para a CUT, a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) é um instrumento de justiça fiscal. A tributação cresce conforme a renda do contribuinte. Porém, quando a tabela não é corrigida, as distorções pesam, principalmente, no bolso dos trabalhadores.

“A correção da tabela de acordo com o índice da inflação reduz as injustiças fiscais contra os trabalhadores, uma obrigação de um governo democrático e popular”, argumenta o presidente da CUT, Vagner Freitas.

“Em nossas campanhas salariais, lutamos e conquistamos aumentos reais para melhorar o poder de compra dos salários, melhorar a qualidade de vida da classe trabalhadora. Não queremos que nossos reajustes serem engolidos pelo imposto”, conclui o dirigente.

Sobre o Fator Previdenciário, Vagner afirma que “é mais uma das decisões do governo FHC que prejudica a classe trabalhadora, em especial, os que começam a trabalhar mais cedo, ou seja, os mais pobres”.

A fórmula matemática criada no governo FHC serve apenas para atrasar a concessão de aposentadorias e reduzir o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de contribuição antes de atingir 65 anos de idade (homens) e 60 anos (mulheres).

. IMPOSTO DE RENDA

Esse ano, a tabela também deverá ser corrigida em 4,5%, índice do centro da meta da inflação estabelecida pelo governo pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O problema é que, segundo projeções, a inflação medida também pelo IPCA está em 5,75%, segundo pesquisa do Banco Central (BC).

Vale lembrar que todas as correções de tabela desde 2005 foram conquistadas pelos trabalhadores depois que a CUT liderou mobilizações e marchas que levaram centenas de trabalhadores à Brasília.

Segundo análise feita pelo DIEESE, a tabela do IRPF ficou congelada durante vários anos, principalmente entre 1996 e 2001. A tabela foi corrigida em 2002, mas em 2003 e 2004 foi novamente congelada. Os reajustes voltaram a ser anuais a partir de 2005, quando a tabela foi corrigida em 10%. Em 2006, o reajuste foi de 8%. Desde 2007, os reajustes anuais têm sido de 4,5%.

De janeiro de 1996 a janeiro de 2013, levando em consideração o limite de isenção, a tabela do IRPF foi corrigida em 90,08%. Nesse mesmo período, o valor da cesta básica na cidade de São Paulo, calculada pelo DIEESE, aumentou 243,96%; o saldo da caderneta de poupança, 656,62%; e os índices de inflação, como o INPC, o IPCA e o IGP-M, variaram, respectivamente, 195,90%, 189,54% e 312,00%. A própria arrecadação do IRPF teve aumento superior a 1.000%! Destaque: todas essas variações são nominais.

Com essa defasagem da tabela, o limite de isenção do IRPF diminuiu em termos reais, o que levou à tributação de trabalhadores com rendas mais baixas.

Em 1996, quem recebia até nove salários mínimos não pagava IRPF. Pela tabela atual, quem recebe mais de 2,52 salários mínimos já terá que pagar este imposto.

Segundo estimativa feita pelo DIEESE, a correção da tabela pela inflação (IPCA) de 1996 a dezembro de 2013 (61,24%), elevaria os atuais limites de isenção de todas as faixas de renda.

A CUT e as demais centrais reivindicam a correção da tabela e, também, a criação de uma nova faixa de tributação para rendas muito elevadas.

A tabela do IRPF vigente no ano-calendário 2013 é composta de cinco faixas de renda tributável, sendo que a renda superior a R$ 4.271,59 mensais é tributada pela alíquota de 27,5%1. Rendas muito elevadas são tributadas nesta mesma alíquota, mesmo que superem dezenas de milhares de reais. Assim, há espaço para uma alíquota mais elevada para rendas muito altas. Isso também poderia atenuar a perda de arrecadação do imposto causada pela correção da tabela.

. FATOR PREVIDENCIÁRIO

No último dia 21 de agosto, a CUT e as demais centrais se reuniram com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para discutir o fim do fator. Naquele dia, o ministro combinou com os sindicalistas que, em 60 dias, período em que seriam realizados debates para encontrar uma alternativa justa, o governo daria uma resposta.

Até agora as centrais não foram convocadas para uma única reunião.

Durante o governo do ex-presidente Lula, a CUT apresentou uma proposta que diminuiria o prejuízo para os trabalhadores. A ideia era substituição do fator, que o governo dizia que não poderia simplesmente extinguir por conta da defasagem nas contas da Previdência Social pela Fórmula 85/95.

Se a fórmula 85/95 tivesse sido adotada, bastaria somar a idade e do tempo de serviço. Se o resultado da soma fosse 85 (mulheres) e 95 (homens), sendo que elas precisam ter no mínimo 30 anos de recolhimento, e eles, 35, seria concedida a aposentadoria integral. Lula aceitou, mas não houve acordo com as demais centrais.

CONFIRA ABAIXO A MOBILIZAÇÃO EM SEU ESTADO:

ALAGOAS
Em Maceió, as centrais se encontrarão às 9h em frente ao prédio do INSS, na Praça dos Palmares, no centro.

CEARÁ
Em Fortaleza, a CUT-CE realiza tribuna livre, às 16 horas, na Praça do Ferreira, no Centro.

DISTRITO FEDERAL
A CUT Brasília promove manifestação e panfletagem na Galeria dos Estados (rodoviária e metrô) durante todo o dia, além de veiculação de mensagem nas rádios. 

GOIÁS
Em Goiás, a reunião acontecerá na Praça do Bandeirante, no centro de Goiânia, às 9h. Já estão mobilizados servidores públicos e trabalhadores da Educação e previdência. 

MATO GROSSO
Em Cuiabá, as centrais sindicais e os movimentos sociais se unem e realizam um ato público em frente ao prédio do INSS, na Avenida Getúlio Vargas. A concentração está marcada para as 10h.

MINAS GERAIS
Em Contagem, as mobilizações acontecerão às 5 horas, no Sindicato dos Metalúrgicos de BH, Contagem e Região, na Rua Camilo Flamarion, 55, Jardim Industrial.

Em Belo Horizonte, a manifestação será às 14 horas em frente à agência do INSS, na Avenida Amazonas, no Centro da cidade. 

PARÁ
Em Belém, as centrais sindicais se encontrarão às 8h30, em frente ao prédio do INSS. O prédio fica na Avenida Nazaré, entre a Avenida Assis de Vasconcelos e a Travessa Dr. Moraes.

PARANÁ
Em Curitiba, a reunião será às 10h, em frente ao prédio do INSS, na Rua João Negrão, nº 11, no centro da capital. 

RIO DE JANEIRO
A manifestação será às 15h, em frente à sede do INSS, na Rua Pedro Lessa, nº 36, na Cinelândia. A mobilização carioca contará com a presença do presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

RIO GRANDE DO SUL
Na capital gaúcha, a manifestação será às 9h,  na Estação Mercado da Trensurb.

SÃO PAULO
A atividade começa às 9h, com concentração na Praça da Sé. A partir das 10h, haverá caminhada pelo centro paulistano e ato em frente ao INSS do Viaduto Santa Ifigiênia, nº 266.

SERGIPE
Aracaju terá sua mobilização às 9h, em frente à unidade do INSS no bairro dos Jardins, situada na Avenida Ministro Geraldo Barreto Sobral, nº 1615.

VEJA AQUI O PANFLETO PARA MOBILIZAÇÃO DO DIA 12.

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