Por Norian Segatto
Em 25 de julho se comemora o dia do motorista, data em que a Igreja Católica celebra o Dia de São Cristovão, padroeiro dos motoristas. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Avançadas) cerca 1,5 milhão de pessoas trabalham no Brasil no setor de transporte de passageiros ou cargas. Além desses, milhões de outras pessoas se locomovem diariamente dirigindo seus veículos pelas cidades e estradas.
Em maio, o Ministério da Saúde divulgou os números consolidados de mortes no trânsito em 2021. Ocorreram 33.813 mortes, aproximadamente 3,4% a mais do que no ano anterior. E, mais uma vez, os motociclistas foram as maiores vítimas, somando 11.942 óbitos; acidentes com ocupantes de automóvel vitimaram 7.029 pessoas e 5.349 pedestres.
Esses números demonstram ainda mais a importância da psicologia do trânsito e do trabalho dos profissionais. “Lutamos pela melhoria das condições de trabalho da categoria dos psicólogos do trânsito, que no momento atravessa muitas dificuldades, mesmo assim queremos um trânsito mais seguro, sem vítimas, sem acidentes e menos infrações”, afirma a diretora do Sindicato Cris Carneiro.
A diretora Francenilda Lima destaca que “a psicologia do trânsito usa instrumentos cientificas aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia para avaliar o motorista de acordo com o que determina a legislação”.
Ao realizar uma avaliação criteriosa, o profissional de psicologia ajuda a manter o trânsito mais seguro para que o número de óbitos e acidentes caiam, como ocorreu nos últimos anos.
Ano óbitos
2014 44.561
2015 39.324
2016 38.002
2017 36.234
2018 33.408
2019 32.667
2020 32,716
2021 33.813
Precarização de trabalho
Uma das causas do grande número de mortes entre motociclistas pode ser explicada pela precarização do trabalho de entregadores, principalmente no período da pandemia. Portanto, a luta pela melhoria das condições de trabalho tanto de psicólogos como dos trabalhadores em geral é imprescindível para um trânsito mais seguro.
“A segurança no trânsito é uma responsabilidade coletiva e uma das maneiras de fazer sua parte é investindo em uma direção defensiva. Ou seja, prevenindo que acidentes aconteçam, zelando pelo bem-estar e segurança de todos que estão na via”, afirma a psicóloga Maria Ap. Tossato, que trabalhou muitos anos com a psicologia do trânsito.