O ex-presidente da CUT Luiz Marinho foi escolhido por Lula para ocupar o Ministério do Trabalho e Emprego; entre 2007 e 2008, ele havia assumido o comendo do Ministério da Previdência Social. O ex-metalúrgico assume com a árdua missão de reverter o quadro geral de precarização do trabalho, forjado com a reforma trabalhista de 2017 (assinada por Michel Temer) e intensificado na pandemia de covid 19.
Nesse período cresceu em todo o país o trabalho informal, a pejotização (trabalho fora da Consolidação das Leis de Trabalho – CLT), contratos temporários, “uberização”, trabalho remoto sem controle legal e outras tantas formas de exploração do trabalho sem qualquer proteção legal.
Em seu discurso de posse, Marinho falou sobre a importância do crescimento econômico para gerar trabalho e renda, e também destacou o papel fundamental dos sindicatos nas negociações e valorização do trabalho. “O Ministério do Trabalho deve ser um agente formulador e mobilizador das políticas públicas de estímulo à produção econômica e à geração de bons empregos e salários. O MTE deve, também, ser instrumento de promoção do diálogo social, de maneira a fortalecer os sujeitos coletivos autônomos de representação de interesses, a valorizar a negociações coletiva e a promover o tripartismo. Compreendemos que as partes interessadas, trabalhadores e empresários, devem ter autonomia para investirem em um sistema de relações do trabalho que valorize e incentive a negociação coletiva e a solução voluntária de conflitos. Negociação coletiva fundada em boas práticas de diálogo social requer sindicatos fortes, com ampla base de representação, com representatividade e capacidade autônoma de se organizar e de se financiar”, afirmou o novo ministro do Trabalho e Emprego.
Marinho também reafirmou a volta da política permanente de valorização do salário mínimo, um dos compromissos de campanha do presidente Lula. Presente ao evento, a presidente do PT, Gleise Hoffmann, afirmou que Marinho “terá o desafio de conduzir a revisão da reforma trabalhista para corrigir os erros e modernizar a legislação”.