São Paulo – Em 135 operações realizadas no ano passado, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel, do Ministério do Trabalho e Emprego, resgatou 2.560 trabalhadores em condições análogas à de escravo, segundo relatório apresentado dia 15 pela Secretaria de Inspeção e divulgado hoje (22). O número de operações foi menor que o de 2011 (135), mas o total de resgatados superou o do ano anterior (2.491). No Pará, onde foram feitas 22 operações, foi registrado o maior número de resgates – mais de 500. Os setores predominantes foram a pecuária e as atividades ligadas ao plantio.
“As condições em que os trabalhadores são resgatados envolvem restrições à liberdade, à falta de pagamento ou a descontos indevidos do seu salário mensal e demais direitos garantidos pela legislação trabalhista”, diz o MTE. As operações do Grupo Especial são feitas em conjunto com a Polícia Federal e com o Ministério Público do Trabalho.
Em 2012, foram registrados 1.461 trabalhadores. O pagamento de indenizações somou R$ 8,7 milhões.
Desde 1995, quando o grupo foi criado, o número de operações somou 1.388, em 3.428 estabelecimentos, com 44.231 trabalhadores resgatados e 39.992 registrados.
Neste sábado (19) teve início a Semana Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. Diversas atividades acontecerão até o dia 28, Dia de Combate ao Trabalho Escravo. O presidente do SinPsi e secretário de Relações de Trabalho da CUT/SP, Rogério Giannini, falou à TV dos Trabalhadores (TVT) sobre o tema. Assista à entrevista aqui.