“Tentaram colocar na pauta de votação, mas não houve quórum”, afirmou vereadora
A vereadora de São Paulo Sâmia Bomfim (Psol) divulgou há pouco em sua página no Facebook que a oposição ao governo Doria/Covas na cidade de São Paulo conseguiu barrar hoje (20) a votação do projeto Escola Sem Partido na Câmara Municipal. “Tentaram colocar na pauta de votação, mas não houve quórum”, afirmou Sâmia em transmissão ao vivo.
O projeto esteve em primeiro lugar na pauta das sessões de hoje. Contudo, com a articulação da oposição, as sessões do dia foram derrubadas. “Deve-se destacar a presença essencial de estudantes do movimento estudantil nas galerias, pressionando os vereadores”, escreveu Sâmia, que considerou o episódio de hoje como “uma grande vitória”. O Projeto de Lei 222/2017 é de autoria do vereador Fernando Holiday (DEM).
Durante o dia, o Comitê de Luta pela Educação sem Censura formado por entidades de professores e estudantes, que acompanhavam em frente ao órgão legislativo o projeto pautado, realizaram um ato contra a aprovação da medida.
Formado por entidades como a Associação dos Professores da Universidade de São Paulo (USP) e a Associação dos Professores do Estado de São Paulo, o comitê criado para a defesa da pluralidade nas salas de aulas, descreve o projeto como “Lei da Mordaça” e afirma que a alegação de “doutrinação”, utilizada por vereadores que defendem a medida, é “mentirosa”.
“Um convite que eu gostaria de fazer, aos vereadores favoráveis a esse projeto, é que vão conhecer um projeto político pedagógico para saber de fato o que se dá no chão da escola”, sugere o secretário de Políticas de Educação do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), Maciel Silva Nascimento, durante entrevista ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT.
“Que sirva para inspirar a luta dos servidores amanhã contra o nefasto Sampaprev”, disse, referindo-se ao projeto de reforma previdenciária dos servidores municipais, defendido pela gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB), que pode ser votado nesta sexta (21). O projeto prevê aumento de 11% para até 19% da contribuição dos servidores, que são contra a medida.
“É inadmissível vereadores quererem se aproveitar do período de festas para aprovar retrocessos e maldades contra os professores e o povo”, disse a vereadora, que também denuncia a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) como principal interessada na aprovação do Sampaprev.
Com a possibilidade de votação da reforma da previdenciária para servidores municipais nesta sexta-feira (21) na Câmara Municipal, a expectativa é que a mobilização da oposição também consiga barrar o projeto.
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