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Pesquisa indica que álcool e drogas são usados contra o estresse

Uma pesquisa feita com mil executivos de São Paulo e Porto Alegre, com cargos de gerência para cima, revela que esses profissionais têm adotado uma estratégia nada saudável para aguentar as pressões do dia a dia: 57% deles recorrem ao uso de álcool, drogas ou medicamentos para suportar o estresse da rotina. “É uma tentativa de fugir da realidade”, resume Ana Maria Rossi, coordenadora da pesquisa realizada pela International Stress Management Association do Brasil (Isma-BR), um instituto de estudo do estresse. “E o pior é que isso pode contribuir para piorar sua saúde a longo prazo.

Excesso de trabalho, medo de demissão, falta de controle na execução das tarefas e conflitos interpessoais são os fatores apontados como causadores de estresse. Ele se reflete no corpo, na mente e no comportamento dos trabalhadores. Mais da metade dos entrevistados diz sentir ansiedade, angústia e raiva. A saúde também vai mal. Eles apresentam tensões musculares, dores de cabeça, dificuldades para dormir e problemas gastrointestinais.

Na opinião de Ana Maria, é difícil dizer que o estresse provém exclusivamente da atividade profissional. “Há uma série de outros fatores envolvidos que podem ajudar a formar esse quadro”, reforça a coordenadora do Isma-BR. O psiquiatra Marcos Pacheco Ferraz, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que o período em que a pessoa é economicamente ativa – em média, dos 20 aos 60 anos – coincide justamente com a época em que se manifesta a maioria das doenças. “Por isso, muita gente atrela os problemas de saúde ao trabalho. Mas, em muitos casos, se não estivesse trabalhando, aquela doença também apareceria”, afirma o psiquiatra.

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