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Plano de saúde poderá ter franquia com o mesmo valor da mensalidade

As operadoras de planos de saúde obtiveram uma vitória na ANS. A partir do segundo semestre, poderão adotar o esquema de coparticipação e de franquia, obrigando o cliente a pagar a mais toda vez que usa o plano. O extra pode chegar ao equivalente da mensalidade – e um teto anual foi estabelecido para limitar o desembolso, com base no valor pago ao longo de 12 meses. Ficam de fora apenas consultas com médico generalista, exames preventivos e tratamentos para doenças crônicas.

As duas entidades de peso do setor comemoram. “A ideia é evitar situações em que o paciente vai a um médico, faz exames, decide ir a outro médico para uma segunda opinião e repete todos os exames”, disse Marcos Novais, economista-chefe da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), ao Estadão. “Os fatores moderadores, como a franquia e a coparticipação, não são para inibir o uso do plano, são para moderar”, afirmou por sua vez José Cechin, diretor executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).

Elas queriam mais, contudo, e reclamam do estabelecimento de um teto para limitar a cobrança extra. O mecanismo é caracterizado como “complicado” por Novais, enquanto Cechin gostaria que o próprio mercado se regulasse… O departamento jurídico da Agência está ajustando a norma, que deve ser publicada até junho.

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