23.jan.2025 Por Norian Segatto
Se associar ao Sindicato é simples e fácil, sem burocracia. Mas por que se associar, você pode questionar, “o que eu ganho com isso?”, é uma pergunta que muitos acabam fazendo. O sindicato não é uma loja em que se compra alguma mercadoria, é uma relação política que a categoria estabelece entre si para defender interesses comuns a todos/todas:
Mas eu sou autônoma, tenho consultório
E quais são esses interesses? Em primeiro lugar, o Sindicato existe para negociar com os patrões e o governo os direitos de toda a categoria, garantindo as condições de trabalho necessárias para a dignidade humana. Mas nem sempre os empresários cumprem esses acordos, aí entra a segunda tarefa da atividade sindical, que é a de fiscalizar e denunciar as irregularidades que acontecem. E para isso é fundamental a participação da categoria, pois é você, cada um de nós que está no local de trabalho, que sabe o que está ocorrendo e quais são os problemas. Muitas vezes você vê um problema, mas sozinha/o não pode fazer nada, mas se o Sindicato souber do problema ele pode atuar para ajudar a todos.


Mesmo que você trabalhe por conta em seu consultório ou atue de forma autônoma, pode (e deve!) se sindicalizar, tanto para poder desfrutar dos benefícios diretos (como nossos convênios) como para fortalecer a profissão, que muitas vezes é atacada e sofre, assim como outras categorias, da precarização imposta ao trabalho. Quanto maior a representatividade do sindicato, mais a categoria como um todo sai ganhando.
O Sindicato também representa a categoria nas questões nacionais, que dizem respeito à dignidade humana, como a luta antimanicomial, a defesa do SUS, o controle social da Saúde; em dezembro, a psicóloga Fernanda Magano, diretora do SinPsi, foi eleita para presidir o Conselho Nacional de Saúde, sendo a segunda mulher a ocupar esse cargo em 88 anos de existência do CNS. Outra psicóloga, Marina Poniwas, esteve à frente do Conanda – Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, na gestão que se encerrou no final de 2024. Outros tantos psicólogos e psicólogas têm importante presença na gestão pública e nos órgãos de controle social, o que ajuda a valorizar a categoria e disputar na sociedade as pautas que avançam nos direitos humanos.

Convênios
Além de negociações salariais e intervenção na luta política mais geral da sociedade, o Sindicato oferece a seus sócios uma grande variedade de convênios com escolas e cursos, hotéis, academias, editoras especializadas em Psicologia, opções de lazer como o zoológico, Parque da Mônica etc. “Se o sócio ou sócia utilizar apenas uma parte de nossos convênios, vai economizar muito mais do que o valor da anuidade da sindicalização”, afirma a diretora Val de Freitas, responsável pelos convênios do Sindicato.
PodSin – reflexões e pensamento crítico

Uma das características de nossa profissão é o exercício do pensamento crítico sobre os fenômenos sociais, que interferem no bem-estar das pessoas. Foi por apostar nessa inteligência crítica que o Sindicato lançou, em 2023, o podcast PODSIN – Diálogos da Psicologia com a sociedade, que apresenta em cada episódio um convidado para falar e refletir sobre temas atuais e instigantes. Em suas duas temporadas, já compartilharam suas reflexões e análises personalidades de renome na psicologia e na sociedade, como o cientista Sidarta Ribeiro, o psiquiatra Paulo Amarante, a filósofa Viviane Mosé, o jornalista Juca Kfouri, a médica Maria Aparecida Moysés, Gabriel Medina, a diretora do Departamento de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, Sonia Barros, a presidente da Abrasme – Associação Brasileira de Saúde Mental, Ana Paula Guljor, e dezenas de outros e outras psicólogas que compartilham suas reflexões e experiência profissional com a categoria. Os episódios estão disponíveis no canal de Youtube do Sindicato e no Spotify e já atingiram mais de 95 mil visualizações.

Para o presidente do SinPsi, Rogério Giannini, “se sindicalizar é assumir o lado dos que lutam pelos direitos humanos e por políticas públicas que garantam uma efetiva cidadania. Sabemos que o neoliberalismo impôs uma pauta regressiva para a sociedade, buscando destruir os laços de solidariedade e a noção de bem comum, na lógica do individualismo e da competição de todos contra todos. Sindicato, na contramão disso tudo, trabalha para articular a luta pelas legítimas reivindicações da categoria por melhores condições de trabalho com a luta por uma sociedade mais justa”.