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Reforma Trabalhista deve ser votada nesta terça (6) em comissão

CUT está no Congresso para pressionar senadores a pensarem no país

O líder do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR) confirmou nesta segunda-feira (5) que os golpistas acreditam na votação do PLC (Projeto de Lei da Câmara), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), nesta terça (6).

A definição foi adiada semana passada oficialmente em um acordo para garantir maior tempo de debate no Senado. Na prática, porém, a fragilizada base de apoio governista resolveu ceder à pressão da oposição porque não havia garantias de que venceriam a votação.

A avaliação de especialistas é que haveria tempo suficiente para reverter ao menos três votos – leia mais abaixo – e enterrar a discussão na CAE. Após ser aprovada nesta comissão, o projeto ainda passa pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir à votação no plenário.

Os relatores da matéria são Ricardo Ferraço (PSDB-ES), na CAS, que já apresentou favorável à reforma, e Romero Jucá (PMDB-RR), na CCJ. A expectativa dos governos, inclusive é que, aprovada, a medida já seja lida na CAS já na quarta.

Na outra ponta dessa batalha em defesa dos direitos trabalhistas, senadores como Paulo Paim (PT-RS) devem apresentar o relatório alternativo, uma espécie de voto em separado pela derrubada da reforma.

Como mudar

Nas contas do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), com a mudança de três votos a classe trabalhadora conseguirá enterrar o desmonte de Temer.

Por conta disso, as centrais priorizaram a pressão em parlamentares do PSB, PSD e PMDB, que serão o fiel da balança, a partir dos votos já mapeados entre governo e oposição. 

Na votação do parecer do relatório, semana retrasada, o resultado foi de 11 favoráveis e nove contra. Caso ocorra empate, quem decide é o presidente da CAE, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), favorável ao texto. Por isso a necessidade de mais três votos.

Outro termômetro que demonstra a tendência de alteração do projeto é número de emendas. Atualmente são 242. O relator Ricardo Ferraço rejeitou todas e não fez mudanças no projeto enviado pela Câmara para que não retornasse à Casa.

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