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Saída de médicos cubanos é prejuízo para o país

O SinPsi lamenta a postura antidemocrática do presidente eleito, que passou por cima de decisão do Supremo Tribunal Federal aprovando as regras do programa.

O governo cubano exigiu o retorno de 11 mil médicos para o país nesta quarta-feira, abandonando o programa Mais Médicos. A decisão partiu por conta de declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

“Diante desta lamentável realidade, o Ministério da Saúde Pública (Minsap) de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do programa ‘Mais Médicos’ e assim o comunicou à diretora da OPS (Organização Pan-Americana da Saúde) e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam esta iniciativa”, anunciou o ministério da saúde cubano.

Ainda durante a campanha, Bolsonaro disse que “expulsaria” os profissionais do país por meio do Revalida. Cabe lembrar que em novembro de 2017, o Supremo Tribunal Federal aprovou todas as regras do programa Mais Médicos, inclusive a que dispensava a validação dos diplomas de todos os profissionais estrangeiros, não só dos cubanos.

O programa Mais Médicos foi criado pela então presidenta Dilma Rousseff em 2013 para sanar o déficit de profissionais no país que atinge, principalmente, áreas periféricas das capitais e locais de difícil acesso. O programa permitia, inclusive, que brasileiros e brasileiras se inscrevessem para atuar em cidades que precisassem de médicos.

Bolsonaro foi ao twitter dizer que o governo cubano não aceitou as novas regras a que os profissionais estariam sujeitos a partir de agora.  

O SinPsi lamenta a postura antidemocrática do presidente eleito, que passou por cima de decisão do Supremo Tribunal Federal aprovando as regras do programa. Manifestamos também imensa preocupação com o futuro do Programa Mais Médicos, aprovado por 94% das pessoas atendidas e, até mesmo, com o futuro do SUS diante de declarações do presidente durante a campanha eleitoral.

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