O Conselho Federal de Psicologia vem a público informar que a matéria veiculada na edição de 28 de janeiro no Jornal Nacional sobre a falta de atendimento psicológico aos (às) sobreviventes e parentes das vítimas do incêndio na boate Kiss, na madrugada de 27 de janeiro, foi intempestiva. O CFP esclarece que o atendimento psicológico já possui um contingente suficiente de profissionais. Portanto, no momento, não há a necessidade de novos (as) psicólogas (os) se deslocarem até a cidade de Santa Maria.
A organização e coordenação dos atendimentos psicológicos está sendo feita, em conjunto, pelo CFP, Associação Brasileira de Psicologia em Emergências e Desastres (Abrapede), o Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRP RS) e sua subsede de Santa Maria. Essas entidades têm disponibilizado equipes com mais de 200 psicólogas (os) diuturnamente para auxiliar os (as) parentes dessas pessoas e sobreviventes.
Microequipes coordenadas por psicólogas (os) e membros das redes de saúde e coordenação estadual de Saúde Mental estão atuando no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Caminhos do Sol, na Avenida Borges de Medeiros, 1897. No local, o atendimento para familiares e toda população abalada pelas vítimas do incêndio acontece 24 horas por dia.
Os (as) psicólogos (as) também estão trabalhando no Hospital de Caridade, no cemitério Santa Rita de Cássia, acompanhando os velórios e sepultamentos, e no ginásio de esportes de Santa Maria, onde estão sendo feitas as identificações e preparações dos corpos. A atuação dos (as) profissionais nesses locais visa dar suporte e acolhimento aos (às) parentes das vítimas.
O CRP SP lamenta profundamente a tragédia ocorrida em Santa Maria e manifesta sua solidariedade às famílias das vítimas.