Os trabalhadores do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) resolveram suspender a greve de 48 horas que começaria nesta quinta-feira, dia 18 de junho.
Os servidores cancelaram a paralisação após o superintendente do Iamspe, Latif Abraao Junior, anunciar o cancelamento da licitação da empresa que seria responsável pelas áreas administrativa e técnica do instituto. Os setores da cozinha, da lavandeira, da segurança e da limpeza já são precarizados.
Além das duas áreas, o edital anunciado pelo governado do Estado de São Paulo, abria espaço para a terceirização total do Iamspe, ação que coloca em risco a qualidade da prestação dos serviços a longo prazo.
“Não permitiremos qualquer proposta que mexa com a vida dos trabalhadores do hospital. Se o governador José Serra quiser contratar alguma companhia para o fornecimento de softwares utilizados em atendimentos, terá que ser específico. Não aceitaremos que o governo do desmonte use estratégicas veladas de sucateamento, até porque, se somos nós que financiamos o hospital, queremos saber como o dinheiro é utilizado”, afirmou Regina Bueno Paiva, diretora do SindSaúde-CUT/SP, responsável pela organização da mobilização.
O Sindsaúde-CUT/SP representa cerca de 90 mil trabalhadores, 5 mil apenas no Iamspe. Os servidores do instituto realizam cerca de 3 mil atendimentos por dia. Pelos corredores passam pacientes que utilizam desde procedimentos de alta complexidade como cirurgias e transplantes, até vacinas.
Nova assembléia – Uma nova assembléia dos trabalhadores acontece nesta quinta-feira, dia 18 de junho, às 08h30.
Logo a seguir, às 09h, os servidores da saúde realizam uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) no auditório Teotônio Vilela.