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Secretaria de Saúde vai discutir gestão de serviços por OSs na cidade de São Paulo

Tema será prioridade nas mesas de negociações do setor já retomadas nesta semana pelo secretário municipal, José de Filippi

São Paulo – A gestão dos trabalhadores vinculados às Organizações Sociais (OSs) que atuam nos equipamentos municipais de saúde, como postos e hospitais, é um dos principais temas que serão debatidos nas mesas de negociação da Secretaria Municipal de Saúde, que foram retomadas nesta segunda-feira (4). 

O chamado Sistema de Negociações Permanente (Sinp) foi criado durante a gestão da prefeita Marta Suplicy (2001-2004), para discutir temas de vários setores, entre eles educação e saúde. Nas administrações seguintes, de José Serra e Gilberto Kassab, as mesas perderam o caráter de negociação e não contavam mais com a presença dos respectivos secretários ou outro representante do primeiro escalão. 

A reunião foi convocada pelo secretário José de Filippi em atendimento à solicitação protocolada semana passada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias do Município de São Paulo (Sindsep), em nome de outras entidades representativas dos médicos, enfermeiros, farmacêuticos, dentistas, psicólogos e agentes comunitários de saúde.

“A administração municipal reconhece a dificuldade enorme que é lidar com diversos comandos dentro dos equipamento de saúde. Acontece de trabalharem no mesmo prédio profissionais contratados por mais de uma OS. Sem contar o tratamento diferenciado, os salários diferentes, que têm esses trabalhadores que ocupam a mesma função”, disse o  presidente do Sindicato dos Psicólogos de São Paulo (Sinpsi), Rogério Giannini (foto), que participou da reunião.

“Além da gestão, o atendimento também é prejudicado. Muitos profissionais seguem diretrizes das OSs, que nem sempre estão de acordo com princípios do Sistema Único de Saúde ou da reforma psiquiátrica, como acontece nos centros de atendimento psicossocial (Caps), que acabam se limitando a realizar consultas”, disse. Segundo Giannini, o governo municipal tem sinalizado que vai ampliar o controle e gestão do serviço de saúde.

“Trata-se de uma conversa inicial, da retomada de conversações que tinham sido interrompidas nas duas gestões anteriores. Nesse primeiro encontro, o secretário ouviu as queixas das entidades, como a necessidade de valorização dos profissionais, com melhoria das condições de trabalho, e se comprometeu a estabelecer uma agenda para o debate das questões mais importantes do setor e a construção de soluções”, disse Leandro de Oliveira, diretor do Sindsep.

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