Notícias

Senado aprova fim do financiamento empresarial de campanhas eleitorais

Na noite da última quarta-feira (02), o Senado deu um importante passo para dignificar a política nacional. Por 36 votos favoráveis, contra 31 contrários, foi aprovado o fim do financiamento empresarial de campanhas.

“O financiamento empresarial é um dos principais causadores da possibilidade de haver corrupção no Brasil. O Congresso Nacional é formado, em sua maioria, por empresários, justamente por conta do financiamento. Agora, temos a oportunidade de equilibrar as forças políticas, porque quem vota é o povo e não empresário”, afirmou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

O projeto aprovado determina que as pessoas físicas possam doar o limite de seus vencimentos anuais para campanhas eleitorais. Apesar da polêmica gerada no plenário, a medida passou. “O PT defende o financiamento público exclusivo de campanha, mas votamos a favor da emenda, porque consideramos que esse já é um passo para corrigirmos os vícios que temos visto ao longo dos anos”, afirmou a senador Fátima Bezerra (PT-RN), em entrevista à Agência Brasil.

Na mesma sessão, foi aprovada regras mais rígidas para parlamentares que resolvam se desfiliar das legendas pelas quais foram eleitos. De acordo com o texto, se não houver uma “justa causa”, o detentor do cargo eletivo pode perder suas funções quando se desligar do partido.

Para “justa causa”, ficou definido que serão consideradas apenas duas hipóteses: o desvio do programa partidário por parte da legenda e a discriminação pessoal realizada por membros da legenda do possível desfiliado.

Confira como votaram os senadores:

DEM

Davi Alcolumbre (AP) – NÃO
José Agripino (RN) – NÃO
Ronaldo Caiado (GO) – NÃO
Wilder Morais (GO) – NÃO

PCdoB

Vanessa Grazziotin (AM) – SIM

PDT

Cristovam Buarque (DF) – SIM
Lasier Martins (RS) – SIM
Reguffe (DF) – SIM
Telmário Mota (RR) – SIM
Zeze Perrella (MG) – NÃO

PMDB

Dário Berger (SC) – SIM
Edison Lobão (MA) – NÃO
Eunício Oliveira (CE) – SIM
João Alberto Souza (MA) – NÃO
José Maranhão (PB) – NÃO
Raimundo Lira (PB) – NÃO
Ricardo Ferraço (ES) – NÃO
Roberto Requião (PR) – SIM
Romero Jucá (RR) – SIM
Simone Tebet (MS) – SIM
Valdir Raupp (RO) – NÃO
Waldemir Moka (MS) – SIM

PP

Ana Amélia (RS) – NÃO
Benedito de Lira (AL) – SIM
Ivo Cassol (RO) – NÃO

PPS

José Medeiros (MT) – SIM

PR

Blairo Maggi (MT) – NÃO
Magno Malta (ES) – NÃO
Vicentinho Alves (TO) – NÃO
Wellington Fagundes (MT) – NÃO

PSB

Antonio Carlos Valadares (SE) – SIM
Fernando Bezerra Coelho (PE) – SIM
João Capiberibe (AP) – SIM
Lídice da Mata (BA) – SIM
Roberto Rocha (MA) – SIM
Romário (RJ) – SIM

PSC

Eduardo Amorim (SE) – NÃO

PSD

Hélio José (DF) – SIM
Omar Aziz (AM) – SIM
Otto Alencar (BA) – NÃO

PSDB

Aécio Neves (MG) – NÃO
Aloysio Nunes Ferreira (SP) – NÃO
Antonio Anastasia (MG) – NÃO
Ataídes Oliveira (TO) – NÃO
Cássio Cunha Lima (PB) – NÃO
Dalirio Beber (SC) – NÃO
Flexa Ribeiro (PA) – NÃO
José Serra (SP) – NÃO
Paulo Bauer (SC) – NÃO
Tasso Jereissati (CE) – NÃO

PSOL

Randolfe Rodrigues (AP) – SIM

PT

Delcídio do Amaral (MS) – SIM
Donizeti Nogueira (TO) – SIM
Fátima Bezerra (RN) – SIM
Gleisi Hoffmann (PR) – SIM
Jorge Viana (AC) – SIM
José Pimentel (CE) – SIM
Lindbergh Farias (RJ) – SIM
Paulo Paim (RS) – SIM
Paulo Rocha (PA) – SIM
Regina Sousa (PI) – SIM
Walter Pinheiro (BA) – SIM

PTB

Douglas Cintra (PE) – NÃO
Elmano Férrer (PI) – SIM
Fernando Collor (AL) – NÃO

Sem Partido

Lúcia Vânia (GO) – SIM
Marta Suplicy (SP) – SIM

Deixe um comentário