Servidores públicos estaduais da Saúde iniciam greve dia 1º de maio, por tempo indeterminado. A deliberação ocorreu no último dia 19, em assembleia que levou mais de 20 mil pessoas à porta da Secretaria Estadual de Saúde.
Na sexta-feira, dia 26, o Fórum Estadual do Funcionalismo Público, formado por servidores filiados à CUT/SP, se reuniu com o secretário de Estado de Gestão Pública, Davi Zaia, em busca de resposta às reivindicações comuns a todos os segmentos profissionais do estado.
As categorias exigem que o governo estabeleça negociação coletiva com as entidades representativas, reponha as perdas salariais, reajuste os salários, aumente o ticket alimentação e dê fim às terceirizações e contratações precárias. Os sindicatos criticam também que a data-base dos trabalhadores deveria ter sido em março, de acordo com lei aprovada na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Na discussão, o secretário se comprometeu a reencaminhar o reconhecimento da data-base junto ao governo. De acordo com Zaia, outras pautas estão em estudo.
A Secretaria da Gestão é estratégica por seu papel deliberativo nas decisões que se referem ao conjunto do funcionalismo no estado.
A próxima assembleia será dia 10 de maio, em local a ser definido.
Moção de apoio
Na semana passada, o Conselho Estadual de Saúde (CES) divulgou moção de apoio às reivindicações dos trabalhadores da Saúde do estado de São Paulo e formalizou a solicitação da reorganização do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, sobre a revisão da atual situação estrutural e conjuntural do SUS SP.
A votação pela moção foi unânime, sem contrários ou abstenções. Para o vice-presidente do SinPsi e diretor do CES, Arlindo Lourenço é urgente o diálogo entre trabalhadores e governantes. Clique aqui para ler a moção de apoio do Conselho Estadual de Saúde.
“A moção de apoio trata de questões extremamente importantes, quando se fala em Saúde Pública no estado de São Paulo, justamente porque estamos falando de melhores condições de salário e trabalho decente para os trabalhadores da Saúde. O Conselho Estadual de Saúde está solidário à luta”, afirmou.
Histórico
O Fórum Estadual do Funcionalismo Público lançou a Campanha Salarial Unificada no dia 13 de março, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). No mesmo mês, entregaram as pautas de reivindicação às Pastas da Casa Civil, Saúde, Educação e Gestão Pública – que não fizeram efetivas negociações para as categorias até o momento.
No último dia 19, cerca de 20 mil servidores públicos saíram às ruas da capital para assegurar condições dignas aos trabalhadores (as) do funcionalismo de São Paulo, bem como a toda a população.
Pauta da Saúde
Reposição de perdas salariais de 32,2%
Vale refeição de R$ 26,22
Prêmio de Incentivo igual para todos e transparência no uso da verba FUNDES
Pauta Unificada do Funcionalismo
Negociação Coletiva, pactuada com as entidades representativas
Cumprimento da data-base
Reposição de perdas salariais e reajuste real de salário
Aumento do Auxílio Alimentação para todos e fim do limite para recebimento
Contra a privatização do IAMSPE
Fim da terceirização e contratações precárias