9.ago Por Norian Segatto
Dirigentes sindicais da área da saúde e serviços públicos se reuniram no dia 7.ago com o candidato a prefeito de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol). Na conversa de pouco mais de duas horas, Boulos fez uma análise da situação da administração municipal, afogada em escândalos de corrupção e entregue a interesses privados.
Pelo SinPsi estavam presentes o presidente do sindicato, Rogério Giannini e a diretora de finanças, Fernanda Magano.
O candidato ouviu dos sindicalistas as queixas em relação a diversos temas, como o sucateamento de serviços essenciais, falta de reposição de funcionários públicos, privatização generalizada em todas as esferas da administração, truculência da Guarda Civil Metropolitana e a dificuldade de diálogo dos sindicatos e associações com a administração pública.
“Boulos foi bastante enfático ao afirmar a necessidade de cuidar da saúde da população, em especial no que tange a questões de saúde mental e à ampliação dos CAPs da rede direta. A meta do movimento sindical das áreas da saúde é fazer um município cada vez melhor para a população”, afirmou Magano.
Ao final da conversa, Boulos assumiu alguns compromissos, caso eleito, entre eles:
– Fim do confisco das aposentadorias dos servidores municipais.
– Reajustes dos servidores no mínimo pelo índice de inflação.
– Desprivatização do serviço funerário – segundo o candidato, o custo dos enterros chegou a subir 400% após a privatização.
– Chamamento imediato das pessoas que passaram em concursos públicos para setores considerados mais sensíveis e urgentes da administração municipal.
– Controle das OS da área da Saúde, que hoje atuam como bem querem, o que na prática inviabiliza o projeto do SUS.
– Institucionalizar a mesa de negociação com os sindicatos.
“Considero importante termos esses encontros com candidatos para que possamos apresentar nossas reivindicações e obter compromissos formais. Seja quem for eleito, vamos cobrar mudanças substanciais na Administração, em especial no que se refere à privatização da saúde, via as chamadas OS [Organizações Sociais] e o desrespeito ao funcionalismo público”, afirmou Giannini ao final do encontro.