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Sindicatos protestam contra desmonte da saúde mental em São Paulo

12.ago.2024 Por Norian Segatto

Na quinta-feira, 8 de agosto, sindicatos da área da saúde, CUT, Frente Estadual Antimanicomial e outras organizações realizaram um protesto em frente à Prefeitura de São Paulo, denunciando o desmonte que a gestão Ricardo Nunes está promovendo nos cuidados com a saúde mental da cidade.

Precarização e desmonte dos CAPs

“Faltam assistentes sociais, profissionais de enfermagem, psicólogos(as), psiquiatras, farmacêuticos(as), terapeutas ocupacionais e assistentes administrativos. Falta muita gente trabalhando em cada uma dessas unidades. E quem paga a conta? O povo! Quem não consegue vaga, não consegue atendimento em uma das horas mais difíceis da vida: quando está sofrendo ou tem alguém que ama adoecido”, denuncia o documento entregue à população durante a realização do ato.

Falta tudo, até vergonha na cara

Pelo SinPsi participaram o presidente da entidade, Rogério Giannini, e as diretoras Fernanda Magano e Priscila Takatsu.

Embromation

Uma comissão foi recebida por representantes da Prefeitura, mas praticamente nada de concreto aconteceu nesta reunião, sequer algum compromisso formal por parte do executivo municipal, mais preocupado em fazer (e tapar) buracos na rua em época de eleição para dar a impressão de que a gestão está trabalhando.

“Foi feito um relato dos problemas que se acumulam no setor da saúde mental, a necessidade de mais trabalhadores e a exigência de que as pessoas que passaram nos concursos públicos sejam chamadas, enquanto isso, a situação da saúde municipal piora a olhos vistos, com aumento de filas, espera para consultas e exames”, relata Priscila Takatsu, que participou da reunião com representantes da Prefeitura.

A “resposta” da administração Ricardo Nunes foi de que não poderia dar nenhuma resposta, visto estar em ano eleitoral e que nada poderia ser feito até outubro. Mesmo com esse embromation, ficou estabelecido o compromisso de fazer uma nova reunião envolvendo a área técnica de saúde mental para saídas emergenciais.

“O SinPsi vai acompanhar o desenrolar desse caso, mas não vimos disposição dessa administração em resolver o que quer que seja”, completa Priscila.