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SinPsi publica nota de repúdio ao golpe parlamentar

O Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo (SinPsi) vem manifestar seu repúdio ao golpe de estado parlamentar, ocorrido dia 31 de agosto e orquestrado conjuntamente com setores da mídia, do empresariado e do judiciário. O golpe cuminou no afastamento em definitivo da presidenta democraticamente (re)eleita, Dilma Rousseff, por meio de um processo de impeachment no qual não foi comprovado qualquer crime de responsabilidade.

Não se trata apenas de um golpe contra um governo, mas uma afronta à Constituição de 1988, à democracia e, sobretudo, ao povo.

Violou-se o direito popular ao voto por meio de verdadeira eleição indireta com o objetivo de estabelecer uma agenda de brutal retirada de direitos da classe trabalhadora. Foram impostos retrocessos às conquistas da última década, quando, mediante políticas públicas, muitas das quais com a participação ativa da categoria d@s psicólog@s, foi possível aliar crescimento econômico com redução das desigualdades e com ampliação de direitos.

Fato é que essas conquistas foram reconhecidas pelo povo e legitimadas nas urnas. O governo golpista, por sua vez, objetiva impor um programa profundamente antipopular, antidemocrático e, para isso, tem se utilizado da violência institucional, como é a expressão do próprio golpe, mas que também se estende de modo mais amplo contra todas as forças progressistas e populares, criminalizando movimentos sociais e reprimindo com truculência as manifestações de rua.

Não é possível neutralidade diante da barbárie. Tampouco é possível o pleno exercício do compromisso ético sem o contínuo posicionamento crítico frente às forças antagônicas que compõem a sociedade. Temos lado neste cenário: o lado daqueles e daquelas que historicamente tiveram seus direitos violados e que necessitam da democracia como meio de melhoria de vida. Nosso compromisso ético-político, como categoria, nos coloca à luta por justiça social. Por isso, é fundamental nos mantermos mobilizados nas redes, nos diversos espaços políticos e, principalmente, nas ruas, pois lutar contra esses retrocessos é lutar pela Psicologia, é lutar pela qualidade do nosso trabalho, bem como lutar por uma sociedade mais justa e igualitária. 

Não reconhecemos o governo golpista! Não acreditamos no autoritarismo como meio de resolução dos conflitos que marcam nossa sociedade. É somente através da democracia, da participação popular e cidadã que se torna possível a justiça social que tanto almejamos.

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