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Taxa de desemprego tem leve recuo em maio, apontam Seade e Dieese

São Paulo – A taxa média de desemprego em seis regiões metropolitanas teve leve recuo, perto da estabilidade, passando de 11,1% em abril para 10,9% no mês passado, segundo a pesquisa divulgada hoje (25) pela Fundação Seade e pelo Dieese. O resultado se deve à saída de pessoas (76 mil) do mercado de trabalho, já que não foram abertas vagas (-19 mil) no mês passado. Com isso, em maio as seis regiões têm 57 mil desempregados a menos. Em 12 meses, são mais 181 mil ocupados e menos 27 mil desempregados, com número estimado de 2,267 milhões.

De acordo com a pesquisa, a taxa de desemprego diminuiu no mês nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte e Recife e permaneceu relativamente estável em Fortaleza, Porto Alegre, Salvador e São Paulo. Foram criados empregos no setor de serviços (74 mil) e na construção civil (37 mil), com queda no comércio e reparação de veículos (-89 mil) e na indústria de transformação (-48 mil).

Quando a comparação é anual, a taxa sobe em Belo Horizonte, cai em Fortaleza e Salvador, fica relativamente estável em Porto Alegre e Recife e não varia em São Paulo. Em 12 meses, três setores mostram alta na ocupação: serviços (185 mil), construção (43 mil) e indústria de transformação (15 mil). O único em queda é o de comércio e reparação de veículos (-64 mil). O crescimento médio foi de 1%, abaixo do registrado em abril (1,6%), em linha com março (1,1%) e bem acima de maio do ano passado (0,2%).

O emprego com carteira assinada sofreu retração no mês (82 mil vagas formais a menos, -0,8%). Em 12 meses, cresce 1,5%, com 142 mil postos de trabalho criados.

Estimado em R$ 1.735, o rendimento médio dos ocupados cresceu 0,5% no mês e 5,4% em 12 meses.

Em São Paulo, a taxa foi de 11,6% para 11,4%, mesmo índice de maio de 2013. O número de desempregados foi estimado em 1,249 milhão, 28 mil a menos no mês e 14 mil a mais em 12 meses. A exemplo do conjunto das regiões, o ligeiro recuo foi determinado pelo menor número de pessoas no mercado de trabalho, já que de abril para maio não foram abertas vagas.

Em 12 meses, a região abriu 111 mil postos de trabalho, resultado puxado pelo setor de serviços, que criou 190 mil, e pela construção civil, com 39 mil. A indústria de transformação abriu 18 mil. Comércio e reparação de veículos eliminaram 135 mil. O nível de ocupação anual cresceu 1,2%, também abaixo de abril (1,7%), mas com resultado positivo na comparação com maio do ano passado (-0,5%).

O rendimento médio dos ocupados (R$ 1.938) cresceu 0,7% no mês e 6,1% em 12 meses.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Seade e do Dieese, não é comparável à Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, que divulgará os resultados amanhã.

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