Notícias

Trabalhadores saem às ruas de SP para reivindicar salário mínimo de R$ 580, correção da tabela do Imposto de Renda e reajuste das aposentadorias

A
Central Única dos Trabalhadores e as demais centrais sindicais
brasileiras definiram 18 de janeiro como o dia de luta em defesa do
salário mínimo de R$ 580, da correção da tabela do imposto de renda e
do reajuste das aposentadorias e pensões para os que recebem benefício
superior ao mínimo.

O ato conjunto das entidades acontecerá
diante do prédio da Receita Federal, na Avenida Paulista, altura do
número 1840, a partir das 10 horas.

A manifestação faz parte de
uma prioridades da CUT para 2011: a geração de mais e melhores empregos
com igualdade de oportunidades e de tratamento na perspectiva do pleno
emprego, conforme resolução da direção em reunião no início de dezembro.

Conforme
destaca o secretário geral da CUT, Quintino Severo, trata-se de uma
estratégia unificada das centrais para lutar pela manutenção da
política de valorização do salário, responsável por melhorar a
distribuição de renda, combater as desigualdades sociais e fazer com
que mais de 30 milhões de pessoas melhorassem de classe social.

“Não
vamos deixar de lutar contra qualquer retrocesso na política de
valorização permanente que conquistamos após muitas marchas e muita
pressão. Não fosse o crescimento de 53% do salário que tivemos durante
o governo Lula, que fortaleceu o mercado interno, certamente não
teríamos sido os últimos a entrar na crise econômica mundial e os
primeiros a sair. Esse aumento de R$ 510 para R$ 540, previsto no
orçamento, sequer contempla a inflação do período”, critica.

De
acordo com dados do Departamento Internsindical de Estatítica e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), o aumento acumulado do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC) foi de 6,47%, enquanto o reajuste de R$ 510
para R$ 540 representaria aumento de 5,88%.

Para o dirigente, é
importante ainda que os trabalhadores aposentados com vencimentos
superiores ao piso tenham a elevação em ao menos 80% do que será dado
ao mínimo, já que representam um fator importante para que a economia
brasileira mantenha o sólido crescimento. Outro ponto importante é a
correção da tabela do imposto de renda, sem a qual os acordos
conquistados pelas categorias durante as campanhas salariais são
anulados, já que o trabalhador mudará de alíquota de contribuição e
pagará mais.

CUT define mobilização nacional – Além da atividade
na Avenida Paulista, a Central já orientou às estaduais e aos
sindicatos cutistas que promovam atos públicos, passeatas, assembleias
e ações em portas de fábrica para marcar a data.

As entidades
representativas dos trabalhadores também já encaminharam um pedido de
audiência à presidenta Dilma Rousseff e aos ministros para marcar uma
audiência e discutir o tema. 

Deixe um comentário