A data aprovada pelo Senado em novembro de 2021 relembra a primeira morte por Covid-19 no Brasil, ocorrida dia 12 de março de 2020. De lá cá são mais de 700 mil mortes, muitas subnotificações e milhares de vítimas entre profissionais de saúde e que estavam na linha de frente do combate à pandemia.
Na época da votação, um dos autores do PL 2356/2021, senador Humberto Costa (PT-PE) citou que o número de mortos e contaminados foi de “enormes proporções” pelo negacionismo do presidente Jair Bolsonaro, que defendeu o tratamento precoce e demorou para comprar vacinas.
Para o presidente do SinPsi e diretor de memória da Associação Vida e Justiça pelos direitos das vítimas da Covid, apesar da vacina ainda morrem pessoas de covid no Brasil. “Bolsonaro comandou um crime de estado com sua política negacionista e genocida; defendo a criação de memoriais para lembrar as vítimas e reparação por parte do governo brasileiro”.
A Associação Vida e Justiça em Apoio e Defesa dos Direitos das Vítimas da COVID-19 foi fundada em 30 de abril de 2021, com o objetivo de criar uma rede nacional de apoio e solidariedade às vítimas vivas e aos familiares das vítimas fatais da pandemia. “A Associação Vida e Justiça é um espaço de solidariedade humana, de defesa e promoção da vida, de articulação de políticas públicas de apoio e reparação das vítimas e trabalha pela responsabilização de gestores públicos negligentes com a pandemia da Covid19”, prega seu manifesto.
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Texto: Norian Segatto
Foto: Roque Sá/Ag Senado
