Dra. Maria Maeno, uma das maiores autoridades em saúde do trabalhador, acha que o movimento sindical deveria lançar o selo EMPRESA QUE ADOECE O TRABALHADOR/A
31ou2024 | Por Norian Segatto
No episódio #34 do PodSin – Diálogos da Psicologia com a Sociedade, podcast produzido pelo SinPsi-SP, a entrevistada é a médica do trabalho, dra. Maria Maeno, que em julho deste ano teve seu trabalho reconhecido com o prêmio José Martinez, concedido por entidades sindicais.
Médica formada pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), Maeno foi a primeira presidente do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz, trabalhou no Programa de Saúde do Trabalhador da Zona Norte de São Paulo e no Centro de Referência de Saúde do Trabalhador, que coordenou por 16 anos. Desde 2005 é pesquisadora da Fundacentro. Atua também no Instituto Walter Leser da Faculdade de Sociologia e Política e no Núcleo Semente – Saúde Mental e Direitos Humanos relacionados ao Trabalho, do Instituto Sedes Sapientiae.
Nesta conversa ela fala a precarização das relações de trabalho e como os ambientes de trabalho, com metas, assédio moral e redução do número de trabalhadores leva ao aumento dos casos de adoecimento. Ela também diz ser totalmente contrária à lei 14.831-2024 que institui o certificado para empresa promotora de saúde mental. Para ela, esse tipo de certificado pode se tornar uma armadilha contra os trabalhadores. Quando um trabalhador entrar com um processo contra uma empresa por adoecimento, estafa, assédio etc., a empresa pode se defender afirmando ter um certificado do governo federal, afirma Maeno, que apoia a ideia de o movimento sindical criar o selo empresa que adoece trabalhador e trabalhadora em contraposição a esse certificado, que, segundo ela, só vai servir para propaganda das empresas.
PodSin – Diálogos da Psicologia com a Sociedade é um projeto do Sindicato das Psicólogas e Psicólogos de São Paulo, que busca refletir sobre temas da contemporaneidade, ligados, direta ou indiretamente, à Psicologia e aos processos transformadores.
Os episódios do podcast estão disponíveis na plataforma Spotify e no canal do Youtube do Sindicato. Siga o Sindicato pelas redes sociais, deixe seus comentários, críticas e sugestões.
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