Fonte: CFP
O Diário Oficial da União (DOU) publicou em 24/9 normas de atuação para profissionais da Psicologia em relação às pessoas intersexo. A Resolução nº 16/2024 do Conselho Federal de Psicologia (CFP) estabelece diretrizes para o trabalho de psicólogas e psicólogos junto às pessoas intersexo, e também no acompanhamento de familiares e responsáveis.
Confira a Resolução CFP nº 16/2024
Essa normativa é muito importante para a categoria como forma de evitar violências contra corpos intersexo e orientar a psicóloga quanto à sua atuação profissional, sempre com respeito à diversidade humana e pluralidade de corpos”, destaca a conselheira Isadora Canto, coordenadora do grupo de trabalho que redigiu a resolução.
A normativa determina uma série de princípios nos quais o trabalho da categoria profissional deverá se basear no atendimento a essa população, como a compreensão das experiências e vivências das pessoas intersexo, que são delineadas pelo contexto pessoal e psicossocial na qual estão inseridas.
A Resolução também estabelece diretrizes para o acompanhamento de familiares e responsáveis por bebês, crianças, adolescentes e interditos intersexo.
Já na atuação em equipes multiprofissionais, a categoria deve priorizar intervenções não invasivas, em oposição às intervenções irreversíveis de manejo a condições biológicas intersexo.
Vedações
No quesito de vedações, a normativa do CFP impede que a categoria profissional exerça qualquer ação que favoreça a patologização das pessoas intersexo.
Também veda que psicólogas e psicólogos atuem de forma a legitimar, reforçar ou reproduzir a intersexofobia; bem como, que utilizem instrumentos, métodos e técnicas psicológicas com o objetivo de sugerir e induzir a normatização genital.
É vedada também a prestação de serviços psicológicos que induzam dispositivos de afirmação de gênero, sexualidade, identidade e expressão de gênero das pessoas intersexo.
Confira a matéria completa no site do CFP.
Psicólogo intersexo foi o entrevistado do #30 PodSin
O psicólogo Alexander Oliveira, homem trans intersexo, negro, nortista, foi o entrevistado pelo PodSin em julho. No episódio ele abordou de maneira franca e corajosa temas bastante sensíveis, como o seu processo de transição, como o fato de ser homem trans afeta seu trabalho como psicólogo, políticas de saúde para a população trans e LGBT, entre outros.
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