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Presidente do CFP participa de conferência em Florianópolis sobre os avanços da profissão de psicólogo no Brasil

Nesta sexta-feira, dia 17, o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Humberto Verona, faz uma conferência em Florianópolis, na sede do CRP-12. O tema da conferência será “Contribuições do Sistema Conselhos de Psicologia para o Avanço da Profissão no Brasil”. A conferência está marcada para as 14h30 e todos os psicólogos estão convidados a participar. Em seguida, haverá uma reunião das entidades da Psicologia Catarinense, com os representantes indicados por cada instituição.

Humberto Cota falará sobre os desafios e os novos rumos da profissão de psicólogo no Brasil. Ele explica que, a partir da redemocratização do Brasil, após o fim da ditadura militar, a Psicologia passou a ter como desafio a retomada da participação democrática e o enfrentamento da situação social brasileira.

De acordo com Verona, assim como outras profissões, a Psicologia começou a se repensar e a constituir reflexões sobre suas possibilidades de intervenção, e sobre a contribuição da área no enfrentamento dos problemas sociais brasileiros. Dessa maneira, toma corpo o projeto do compromisso social do psicólogo, com uma base mais sólida a partir do enfrentamento das questões sociais. Isso, na avaliação de Verona, passa pelas políticas públicas. Ele considera que os psicólogos começam a vislumbrar seu papel em relação às políticas públicas como um recurso importante para a sociedade poder garantir à maior parte da população as condições de uma vida mais digna e com melhor qualidade.

Nesse sentido, a primeira grande política pública que passou a contar com a atuação do psicólogo no Brasil, após a Constituição de 1988, foi a da Saúde, especialmente após a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é hoje, segundo Verona, a área de maior participação do profissional da Psicologia. Mais recentemente, também destaca a participação dos psicólogos em outras políticas públicas, como as relacionadas à criança e ao adolescente e as de assistência social, implementadas por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

Também a Psicologia vem se inserir em temas como a democratização da comunicação, como um meio de garantir à maioria da população o acesso à informação, com a divulgação de temas que realmente façam sentido à vida das pessoas, do ponto de vista de ação transformadora.

Assim, de uma maneira geral, a Psicologia tem o desafio de construir referências teóricas de intervenção e de participação, a partir de um horizonte mais amplo do compromisso social em relação às políticas públicas do país.

Verona também destaca como eixo orientador da Psicologia, o compromisso social da defesa dos direitos humanos, que, para ele, deve estar presente em todas as discussões e em toda prática profissional. Os psicólogos devem estar atentos de forma permanente à defesa dos direitos humanos, tanto na atuação profissional quanto no ensino e na pesquisa, mantendo sempre um olhar crítico e de vigilância sobre qualquer violação aos direitos humanos.

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