Local não tinha autorização para funcionar e chegou a ser interditado em julho deste ano
1set2025 Por Norian Segatto
Na madrugada do dia 31 de agosto, um incêndio, de causas ainda desconhecidas, matou cinco pessoas que estavam internadas e deixou outras 11 feridas e com intoxicação por causa da fumaça, na “comunidade terapêutica” Liberta-se, que fica em Paranoá, no Distrito Federal. O fogo começou na sede da clínica onde estavam cerca de 20 internos. Outros 26 ficavam em dormitórios do lado de fora.
Segundo denúncias, portas e janelas dos quartos estavam trancadas, as janelas com grades, o que impossibilitou a rápida saída das pessoas. A tragédia poderia ter sido ainda maior se alguns internos não tivessem conseguido arrombar uma janela e possibilitar a fuga dos demais. A Polícia Civil confirmou que o local que pegou fogo estava trancado com cadeado e havia três extintores de incêndio vazios do lado de fora do alojamento.
Conforme noticiou o portal G1, “à polícia, o diretor e proprietário Douglas Costa de Oliveira Ramos, afirmou que o local funcionava há cinco meses sem as autorizações. Após prestar depoimento, ele foi liberado”.
Apesar de dizer que o local funcionava há cinco meses, nas redes sociais há postagens de dois anos atrás da CT Liberta-se oferecendo curso de “conselheiro terapeuta”.
Em julho deste ano, a CT chegou a ser interditada após uma fiscalização, mas continuou atuando mesmo sem licença de funcionamento.
Essa tragédia reforça ainda mais a importância da recente inspeção realizada pelo Conselho Federal de Psicologia, que registrou as péssimas condições de funcionamento de diversos locais e o constante desrespeito aos direitos humanos.
