Após reunião com o secretário estadual de Gestão Pública de São Paulo, Davi Zaia, realizada nesta quarta (5), na sede da secretaria, na capital, os trabalhadores da Saúde decidiram manter a greve iniciada há 35 dias. Aproximadamente 80 grevistas ocupam desde a noite de ontem o auditório Juscelino Kubitschek da Assembleia Legislativa.
O presidente do sindicato da categoria (SindSaúde), Gervásio Foganholi, disse que Zaia não apresentou contraproposta ao pedido de reajuste salarial de 32,2% referente a perdas acumuladas nos últimos cinco anos, mas que comprometeu-se a agendar reunião entre a Casa Civil e as secretarias de Gestão Pública e Saúde para discutir a reivindicação.
Segundo o dirigente, Zaia apresentou estudo sobre o impacto do aumento do auxílio-alimentação de R$ 8 para R$ 22, conforme a reivindicação dos trabalhadores, e prometeu uma resposta a esse item da pauta até sexta-feira (7). “Vamos continuar em greve até que eles apresentem as duas propostas”, avisa Foganholi.
Enquanto o sindicato contabiliza 32 unidades paradas, incluindo hospitais, a Secretaria de Saúde diz que a greve atinge parcialmente apenas quatro das 203 unidades.
Em nota, a secretaria informa que os funcionários em greve terão os dias de paralisação descontados do salário. Afirma ainda que mantém diálogo com o sindicato e espera que os servidores não interrompam o atendimento para não prejudicar a população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.