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Assédio psicológico: Sindicalistas cobram providências da Ethiopian Airlines

Em reunião, realizada na sede do Sindigru, empresa se comprometeu em averiguar os casos e dará um retorno

Com a finalidade de apurar e exigir providências a respeito de casos de assédio psicológico envolvendo trabalhadoras e trabalhadores da empresa aérea Ethiopian Airlines no Aeroporto Internacional de São Paulo (GRU Airport), um grupo de mulheres sindicalistas realizou na terça-feira (18) uma reunião, na sede do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos.

Durante o encontro, que reuniu também representantes da empresa, as sindicalistas dos setores aeroviário, aeroportuário e dos condutores e o Sindigru oficializaram as reclamações à companhia, que se comprometeu em averiguar os casos e em breve dará um retorno. Essa reunião foi convocada pelo Sindicato após receber as denúncias das trabalhadoras.

“A violência e o assédio seja moral ou sexual afetam seriamente a vida das mulheres no local de trabalho, por isso, é importante combater e denunciar. Esperamos que a empresa combata esses abusos”, destaca a Débora Cavalcanti, Secretária Geral do Sindigru e conselheira municipal de políticas para mulheres da cidade de Guarulhos.

Experiência pioneira
Lutar por ambientes de trabalho seguros e combater todos os tipos de violência são bandeiras permanentes do Sindigru e também dos sindicatos dos aeroportuários, aeronautas e aeroviários filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT (Fentac).

Em maio deste ano (nos dias 7, 8 e 9), em Guarulhos, as trabalhadoras da aviação civil participaram do “Treinamento de Defensoras das Mulheres”, realizado pela ITF (Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes), através de uma iniciativa do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), com apoio Federação.

O balanço do Treinamento da ITF foi considerado muito produtivo, reuniu 35 mulheres sindicalistas do setor aéreo (aeroportuárias, aeroviárias e aeronauta) de várias regiões do país.

“O setor aéreo foi o primeiro, em virtude de uma moção que aprovamos no Congresso das Mulheres em Transportes da ITF em Marrakesh, no Marrocos. Denunciamos a violência no trabalho sofrida por uma aeroviária da empresa aérea Azul, que sofreu discriminação de um passageiro. Junto com a ITF vamos estender esse Treinamento para todas as trabalhadoras em transportes dos modais rodoviário, portuário, metro-ferroviário, cargas e viário em todo o país”, conta Mara Meiry, dirigente do Sina, Secretária das Mulheres da CNTTL e  coordenadora do projeto no Brasil pela ITF.

Reunião no Sindigru

A reunião no Sindigru contou com a presença do presidente do Sindicato, Rodrigo Maciel, do diretor Jurídico e de Políticas Sindicais, José de Assis Pereira, da advogada Adriana Ribeiro e das dirigentes: Débora Cavalcanti, Secretária Geral do Sindigru e conselheira municipal de políticas para mulheres da cidade de Guarulhos; Tatiane Ribeiro, diretora do Sindicato; Maria Luiza Piaba da Silva – diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Priscila Ladario, diretora do Sina e Inês Choueri, promotora legal popular e também conselheira de política municipal para mulheres.

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