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Ato exige fim da expulsão de pessoas em situação de rua do centro de São Paulo

Movimentos pedem o fim da Operação Espantalho, que impede a população de rua de permanecer em locais públicos

São Paulo — Movimentos sociais, organizações de direitos humanos e movimento estudantil convocam o “Ato-Vigília Contra a Violência Policia”l para hoje, às 20h, em frente a Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, centro da capital. Indignados com as ações da prefeitura de São Paulo, chamadas de Operação Espantalho, para impedir a concentração de moradores de rua em alguns pontos na região central, os organizadores preparam um “sentaço” na calçada em frente a faculdade para abrir a manifestação.

De acordo com a diretora do Centro Acadêmico XI de Agosto Ana Carolina Capozzi o ato é parte de uma série de ações que tem sido tomadas contra a política higienista da gestão Kassab. “Temos acompanhado as ações da Guarda Civil para impedir violência e violações de direitos contra a população de rua. Esta ação é simbólica, mas outras ações estão sendo tomadas em conjunto com a Defensoria Pública e outras organizações”, diz. A estudante afirma que a ação de hoje é simbólica e tem por objetivo chamar a atenção da sociedade para a situação da população de rua.

Na última sexta feira (14), o Ministério Público Estadual (MPE) ajuizou, na 7º Vara de Justiça, um pedido de suspensão da operação da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que impede a permanência de pessoas em situação de rua no entorno do Largo São Francisco, e no  Parque Dom Pedro II, também no centro da capital paulista. O MPE pediu que a GCM não impeça a circulação, nem bata, chute, retire bens ou jogue água nas pessoas enquanto dormem. O promotor Alexandre Marcos Pereira, autor da ação, afirmou que isso é o básico. “Negar isso seria negar a própria humanidade”, afirmou. 

Durante o ato haverá falas dos participantes, música, Teatro do Largo, grupo de discussão, oficina de cartazes e filme, além de protestos contra a militarização das subprefeituras. A ação conta com a mobilização do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), da Pastoral da Rua, da Organização Auxílio Fraterno, da Rede Rua e do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos, entre outras organizações. Quem quiser participar deve levar água e algum material para sentar. Não será permitido o uso de drogas ou bebida alcoólica.

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