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Comunicação é fundamental para formação e politização da base dos trabalhadores (as)

Reunidos no Encontro Estadual de Formação (Enesfor 2015), dirigentes defenderam o uso das novas tecnologias

O Encontro Estadual de Formação da CUT São Paulo ocorreu na terça (3/2), com a presença de mais de 70 participantes reunidos na Cooperativa dos Trabalhadores do Instituto Cajamar (Cooperinca), espaço histórico de formação do sindicalismo na Central.

Na abertura do encontro, o presidente da CUT/SP, Adi dos Santos Lima, frisou que a pauta da classe trabalhadora sofreu mudanças ao longo da história da Central e, além das reivindicações, hoje há questões mais ligadas à cidadania e à qualidade de vida. “Essa pauta é ampliada porque cada conjuntura exige uma reflexão. E a formação é o pilar do dirigente sindical, para que ele fique atualizado em relação às demandas dos trabalhadores”, pontuou.

A mesa Movimentos sociais – Experiências de formação e os desafios do próximo período deu início os debates no período da manhã, com a ativista Conceição Oliveira, do blog Maria Frô, com Tassiana Barreto, da direção do MST em São Paulo, e Admirson Medeiros Ferro Jr, o Greg, secretário adjunto de Formação da CUT Nacional. A importância da comunicação para formação na base dos trabalhadores (as) foi o mote principal destacado pelos debatedores.

Maria Frô fez um resgate de seu histórico de militância na web, ressaltando a importância da credibilidade para atuação na blogosfera. A ativista disse que é necessário os sindicalistas estarem preparados “para fazer formação e militância on e off line, aproveitando ao máximo os recursos tecnológicos para diálogo com os trabalhadores (as)”.

A blogueira também defendeu a politização da base, fazendo da formação um instrumento fundamental de mudança e, ainda, de quebra de preconceitos como o machismo e a homofobia. “Não há sociedade nova com pensamento velho”, afirmou.

Na mesma linha, Greg aposta na comunicação como meio de ampliar a formação e os contatos e parcerias, “fomentando o uso de novas tecnologias e ferramentas web para articulação em rede, independente da distância”.

Tassiana explicou que o desafio é fazer com que a base se aproprie do debate político construído nas instâncias e espaços orgânicos do MST. Por isso, a formação permanente é tática para a militância do movimento, com espaços de cursos nas regiões e a escola nacional Florestan Fernandes, que completa 10 anos em 2015. “O estudo permanente é princípio fundamental de qualquer cidadão que se pretenda revolucionário”. 

Balanço e troca de experiências

No período da tarde, a Política Nacional de Formação da CUT foi apresentada por Adriano Soares, assessor da Central.

Na exibição do plano, destaque para os objetivos da Rede Nacional de Formação que, entre outros, visa relacionar a ação formativa com a estratégia política e organizativa da CUT; garantir a identidade política e metodológica em nível nacional; articular, promover e participar de frentes formativas com os movimentos sociais na disputa pela hegemonia na sociedade.

O balanço de Formação da CUT/SP em 2014 foi apresentado pela secretária da Pasta, Telma Victor, que ressaltou a necessidade de maior engajamento da juventude e, ainda, a importância da gestão sindical para o cotidiano das entidades filiadas à Central.

No total, 231 dirigentes (181 homens e 50 mulheres) participaram das ações formativas promovidas pela CUT/SP, entre as quais os cursos de Formação de Formadores (FF) e Organização e Representação Sindical de Base (ORSB).

Após as apresentações, os participantes se reuniram por ramos para trocar experiências sobre a organização da formação na base cutista e, ao final, os grupos compartilharam os resultados em plenária.

O Enesfor 2015 contou com a presença de dirigentes e militantes dos ramos da educação; finaceiro; metalúrgico; químico; rural; saúde e seguridade social; serviço público; transporte e vestuário.

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