NOTA DO SINDICATO DAS/OS PSICÓLOGAS/OS DE SÃO PAULO
O governo Bolsonaro, principalmente pela boca do próprio presidente da República, provoca cotidianamente uma avalanche de mensagens contra opositores, jornalistas, minorias e movimentos sociais, o que incentiva seus seguidores a replicarem tais mensagens e agirem de acordo com esse discurso de ódio.
No sábado, dia 9 de julho, o militante do PT de Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda foi covardemente assassinado pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, enquanto comemorava seu aniversário de 50 anos.
Arruda comemorava com amigos e parentes em um clube quando o agressor invadiu o local e começou a xingar; pessoas o interpelaram, minutos depois ele voltou armado e disparou contra Marcelo Arruda. A vítima ainda teve tempo de revidar, impedindo que o assassino atentasse contra mais pessoas.
A propagação de discursos de ódio está diretamente associada à crescente onda de violência como apontam diversos estudos. Nos EUA se registrou um aumento de 385% dos casos de ataques a negros e muçulmanos após declarações racistas de Donald Trump. No Brasil, Jair Bolsonaro e seus seguidores não passam um dia sem encher as redes sociais com fakenews e discursos que incentivam o ódio, o uso de armas e da violência.
A diretoria do Sindicato das/dos Psicólogas/os de São Paulo se solidariza com a família de Marcelo Arruda e alerta para os perigos contra a sociedade quando o maior mandatário do país é o principal protagonista do discurso de ódio e incentiva a população a se armar.
Conclamamos a toda a sociedade se indignar contra essa escalada de violência e cobrar das autoridades medidas efetivas para que tragédias como essa não se repitam.
Não à barbárie! Não ao discurso de ódio e às práticas fascistas! Viva a democracia e a vida.
São Paulo, 11 de julho de 2022
Diretoria do Sindicato das/os Psicólogas/os de São Paulo