Em destaque

Debate internacional reflete sobre condição LGBTQI+ na pandemia

O trabalho ficou mais raro e difícil em tempos de pandemia, agravado pelo desgoverno Bolsonaro que, sob a batuta do títere do mercado financeiro, Paulo Guedes, cortou e congelou gastos em programas essenciais, privatiza empresas estratégicas para o desenvolvimento e precariza ao extremo as relações de trabalho.

Priscila Takatsu, diretora do SinPsi

Se está difícil para todos, para algumas parcelas da sociedade mais ainda. Na opinião de Priscila Takatsu, diretora do SinPsi e representante do Sindicato no coletivo LGTBQI+ da CUT, pessoas trans têm encontrado mais dificuldade de colocação no mercado de trabalho. “Isso se dá, a meu ver, pelo aumento do preconceito na sociedade, que marginaliza suas diferenças”.

Elaine Leoni

Elaine Aparecida Leoni, presidenta do Sindicato das Enfermeiras vai além. Para ela, os movimentos democráticos e sociais vêm há anos fazendo “um trabalho de formiguinha contra a discriminação, tirando a imagem de doença”, mas no atual governo houve um grande retrocesso. “Quando se houve falar na morte de uma pessoa LGBTQI+ geralmente é caso de assassinato com motivações homofóbicas.   

Para abordar esses e outros temas, a ISP – Internacional de Serviços Públicos e o Comitê LGBTQI+ Brasil promovem, no dia 28.jun, Dia Internacional do Orgulho LGBT, um debate virtual com representantes de vários países para abordar “resistência e inclusão em tempos de pandemia”. Clique aqui para se inscrever para participar.

Combater todas as formas de preconceito e discriminação

Priscila destaca, ainda, a importância do papel da Psicologia Social para combater o preconceito e a homofobia. “Essa não é apenas uma questão individual, se a pessoa se aceita ou não, mas é um ataque de parte da sociedade contra um/a indivíduo e isso tem de ser abordado de maneira coletiva pela psicologia e seus profissionais, essa é uma grande contribuição nossa contra a discriminação”. Elaine aponta que mesmo dentro de setores democráticos, como o próprio movimento social, é necessário combater o machismo e o preconceito. “Algumas entidades acabam não trabalhando efetivamente a proteção desse segmento. É preciso fortalecer a formação dos diretores dos sindicatos, fazer seminários, debates e traçar um planejamento incluindo o tema. Acredito que a educação é a melhor forma de combatermos o preconceito”.

Related Posts

Deixe um comentário