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Delegação do SinPsi no 6º Congresso da CNTSS: por mais e melhores formas de lutar

Nove delegados do SinPsi participam do 6º Congresso da CNTSS/CUT (veja foto), que começou anteontem, 27 de maio, e segue até o dia 31. Com o tema “A Seguridade Social na Perspectiva do Desenvolvimento do Brasil”, o Congresso traz à tona debates como previdência social, assistência social e relações de trabalho na área de seguridade social.

Na manhã desta terça-feira, 28 de maio, o economista, presidente da Fundação Perseu Abramo e ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, fez uma análise da conjuntura nacional e internacional.

“A ênfase no mercado interno é o diferencial do Brasil”, afirmou, após relembrar o desencadeamento da crise econômica mundial, em 2008, que assola os países europeus até os dias atuais.

Considerada uma verdadeira aula pela presidenta da CNTSS, Maria Aparecida Faria, a fala de Pochamann abordou os conceitos de capitalismo – que tem por característica principal o desenvolvimento da desigualdade – e os financiamentos de campanhas políticas promovidos por empresas milionárias.

“É a economia contaminando o processo eleitoral. Somos um país com 500 anos de História, mas completamos agora 28 anos de experiência democrática. É muito pouco tempo. Mesmo assim, vivemos um fase de ascensão das camadas mais pobres, o que é ótimo, pois, se quisermos ter mais forças é preciso incorporar essa gente”, considerou.

À tarde, o vice-presidente do SinPsi e dirigente da CNTSS, Armindo Lourenço (ao centro da foto) coordenou o painel “A Previdência Social e os Trabalhadores”.

Para a presidenta de Federação Nacional dos Psicólogos (FenaPSI), Fernanda Magano, a CNTSS tem abordado de maneira propositiva as questões das categorias profissionais junto aos sindicatos.

“Ainda temos muito que avançar, mas são importantes os passos consolidados. O tema deste Congresso vem a calhar, pois nos fóruns internacionais há fixa discussão sobre o piso salarial mínimo, na referência da questão do custo social. É importante que a CNTSS se posicione, pois o risco de marcar um piso mínimo é delicado, já que piso pode se tornar teto”, avalia Fernanda, que afirmou que SinPsi e FenaPSI estão articulando para a manutenção de Arlindo Lourenço na diretoria da Confederação.

Envolvimento com pautas progressistas da sociedade é, para Rogério Giannini, presidente do SinPsi, o grande diferencial da CNTSS.

“A CNTSS talvez seja o melhor exemplo do que a CUT chama dos Ramos na sua organização sindical. É uma Confederação que congrega trabalhadores de saúde, de previdência, de assistência social com trabalhadores de vínculos municipais, estaduais e federais, além de trabalhadores da iniciativa privada. Ou seja, a gente faz da CNTSS um grande laboratório de unidade das lutas e das pautas dos trabalhadores brasileiros”, disse. 

A categoria dos psicólogos possui pautas fundamentais não só aos trabalhadores de psicologia, mas para toda a sociedade.

“Temos a questão do preconceito e da maioridade penal, por exemplo. Enfim, uma série de pautas encontra na CNTSS um acolhimento profundo. Isso acaba sempre significando mais e melhores formas de lutar”, concluiu Giannini.

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