Notícias

Em São Paulo, servidores da Saúde paralisam atividades e cobram respeito a data-base da categoria

Trabalhadores da saúde em ato/assembleia decidiram paralisação de 48 horas nos dias 21 e 22 de março para que o governo do estado respeite a data-base da categoria – 1º de março – e negocie com o Sindicato as reivindicações da Campanha Salarial 2012.

Os trabalhadores iniciaram a manifestação em frente à Secretaria Estadual da Saúde e seguiram em passeata até a Secretaria de Gestão Pública, onde realizaram assembleia e aprovaram a paralisação.

Enquanto os trabalhadores debatiam a Campanha Salarial e protestavam contra os baixos salários e cortes de direitos, a Comissão de Negociação do SindSaúde-SP se reuniu com representantes do governo.

Houve uma reunião na Secretaria da Saúde, com o coordenador de Recursos Humanos, Haino Burmester. Ele informou que se reunirá com a Secretaria de Gestão Pública para avaliar a pauta de reivindicações dos trabalhadores.

Na Secretaria de Gestão Pública, o SindSaúde-SP se reuniu com o novo secretário da pasta, Davi Zaia, que tomou posse na última segunda-feira.
 
O presidente do SindSaúde-SP, Benedito Augusto de Oliveira, fez um resgate das negociações e dos compromissos que o Governo do Estado fez, através da Secretaria, e apresentou nossa pauta de reivindicações. A Comissão de Negociação também relatou todos os problemas da reestruturação dos cargos da área técnica, de cobrança da jornada de 40 horas para os administrativos, do corte do adicional de insalubridade. A Comissão também comunicou nossa paralisação nos dias 21 e 22 de março e assembleia no dia 23.

O novo secretário falou da disposição do governo em continuar o diálogo com o SindSaúde-SP. Como está tomando conhecimento da situação, solicitou reunião na próxima semana para estabelecer um calendário de negociações. O presidente do SindSaúde-SP concordou com a agenda para iniciar as negociações da pauta e de problemas que por ventura possam ocorrer durante a paralisação dos dias 21 e 22 de março. Também reafirmou que o corte no vale alimentação foi um erro, que será corrigido, e que o governo não tem intenção de economizar com os valores do vale refeição.

A grande participação dos trabalhadores no ato/assembleia foi determinante para que o governo recebesse a Comissão de Negociação do SindSaúde-SP e se dispusesse a negociar nossa pauta. Mais do que isso, é um indicativo da mobilização dos trabalhadores e da adesão à paralisação nos dias 21 e 22 de março.

Vamos parar para lutar por nosso direito a aumento salarial e condições dignas de trabalho para melhorar o atendimento aos usuários do SUS em São Paulo (veja Carta Aberta à População anexo).

Estão na nossa pauta de reivindicações: aumento salarial de 26%; aumento do auxílio alimentação de R$ 4,00 para R$ 25,00; regulamentação da jornada de 30 horas para todos da saúde; aumento do prêmio de incentivo; aposentadoria especial; concurso público; revisão da lei complementar 1.080.

Deixe um comentário