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Governo Alckmin é investigado por racionamento clandestino de água

Quando uma notícia contra o governo federal é publicada por um jornal, todos os demais a replicam. No entanto, quando traz alguma informação contra um governo tucano, a situação é inversa. Foi o que ocorreu na última sexta-feira (6), quando apenas o portal iG publicou nota sobre o fato de o Ministério Público (MP) de São Paulo ter aberto um inquérito para investigar o governo Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e a Sabesp (empresa estadual de águas) por racionamento e rodízio ilegal no fornecimento de água na cidade de São Paulo. A imprensa não repercutiu a informação.

Com medo da reprovação popular, Alckmin não assinou nenhum decreto de racionamento ainda. Só que a população já enfrenta a restrição na prática em muitos bairros. Há fortes suspeitas de que a Sabesp esteja cortando a água de forma premeditada na calada da noite, visando a conter o consumo à força, o que caracteriza um racionamento clandestino.

Se comprovada, a medida pode ser considerada ilegal, pois para haver racionamento o governo do estado precisa baixar um decreto.

O promotor Mauricio Ribeiro Lopes expediu ofício à Sabesp para que forneça informações detalhadas sobre o abastecimento de água na capital, em especial na zona norte, informando todas as datas e horários nos últimos 90 dias em que houve interrupção de fornecimento, número de pessoas afetadas, situação atual do fornecimento, prognóstico para os próximos seis meses e todas as demais informações necessárias à compreensão do problema.

O MP também informou que foram expedidos ofícios às secretarias estaduais da Casa Civil e de Saneamento e Recursos Hídricos para que forneçam todas as informações necessárias ao esclarecimento dos fatos, no prazo de dez dias.

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