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Manifestação contra criminalização do aborto ocupa parte da Avenida Paulista

Parte das manifestantes estava trajada de preto, em sinal de luto

Manifestantes fizeram nesse domingo (28) uma marcha na Avenida Paulista contra a criminalização do aborto. O protesto começou na Praça do Ciclista e se deslocou até o Museu de Arte de São Paulo (Masp). O ato, denominado Cortejo da Mulher Negra Morta em Aborto Clandestino, foi realizado neste domingo (28) em razão do Dia Latino-Americano e Caribenho pela Descriminalização e Legalização do Aborto.

“O aborto é real, ele existe, ele faz parte da sociedade. As mulheres abortam. O problema é que elas estão abortando e estão morrendo. Isso é uma luta, na verdade, em defesa da vida da mulher. A gente acha que o aborto tem de ser tratado como problema de saúde pública. Em todos os países que legalizaram o aborto, o índice de mortes de mulheres diminuiu drasticamente, isso a gente vê no Uruguai, na Espanha”, destacou Gabriela Arioni, do Movimento Mulheres em Luta.

Parte das manifestantes estava trajada de preto, em sinal de luto. Faixas e cartazes pediam a liberalização do aborto e a inclusão do procedimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Elas também reivindicavam a inclusão do tema nas agendas dos candidatos.

“A gente tem uma conjuntura bastante complicada no Brasil. Desde 2010, a bancada evangélica conseguiu interditar o debate do aborto. Mesmo os partidos de esquerda não enfrentam isso de forma contundente e o governo mais ainda. Temos, para o movimento de mulheres, um desafio muito grande”, ressaltou Analu Faria, da Marcha Mundial das Mulheres, uma das entidades que organizaram o evento.

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