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Ministra defende apoio psicológico para mães de jovens negros assassinados

A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência, Eleonora Menicucci, pediu aos parlamentares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência Contra Jovens Negros e Pobres que preveja, em seu relatório final, mecanismos de proteção de mulheres familiares de jovens assassinados no Brasil. Em audiência pública na comissão, Menicucci ressaltou que a violência atinge também as mães, que são afetadas psicologicamente.

“Esse aspecto da violência psicológica e psiquiátrica, a crueldade da morte que impacta na mãe, tem que ser olhado por esta comissão”, disse Menicucci. “É fundamental sair daqui uma proposta de lei, a exemplo da Lei Maria da Penha.”

“Outra coisa que nós estamos fazendo é ampliar, nas casas da mulher brasileira, o atendimento focado na violência psicológica para atender a essas mães”, completou.

Eleonora Menicucci disse que o governo considera “crime de ódio” o assassinato de jovens negros e pobres no Brasil. “O crime de racismo, a ruptura de uma vida por racismo, é um crime de ódio que desagrega toda a família. A sequela daquela violência é irreparável.”

A ministra chamou ainda atenção para o fato de 49% da população carcerária feminina no País serem jovens com idade entre 18 e 29 anos. Em sua avaliação, essas jovens entram para o mundo do crime, em geral para o tráfico, para fugir da violência.

No âmbito do governo, a ministra informou que sua secretaria está trabalhando em conjunto com os ministérios da Justiça e da Saúde em uma política de atendimento diferenciado para as mulheres jovens e adultas em situação de privação de liberdade ou egressas.

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