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Na nova era de Bolsonaro, cresce medo do desemprego e cai satisfação com a vida

Pesquisa da CNI, divulgada nesta quarta (3), confirma a frustração da população diante das políticas do novo governo

O medo do desemprego aumentou e a satisfação com a vida diminuiu, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quarta-feira (3). Entre as 2 mil pessoas consultadas em 126 municípios, de 20 a 23 de junho, o índice do medo do desemprego cresceu 2,3 pontos em relação a abril e alcançou 59,3 ponto. Já no nível de satisfação, o indicador caiu 0,5 ponto no mesmo período.

De acordo com a CNI, a preocupação diante do fechamento de postos de trabalho vem crescendo desde dezembro. No entanto, no mesmo período, havia uma “satisfação de vida” mais alta do que o patamar atual. Isso pode ser explicado diante do processo eleitoral, em outubro de 2018 que, na análise do diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, criou expectativa na população, mas que foi frustrada frente ao atual desempenho da economia, como revelam os indicadores. “Isso mostra um sentimento que ganha corpo na sociedade, uma certa frustração que começa a aparecer com relação às políticas que estão sendo implementadas”, afirma Clemente à jornalista Marilu Cabañas da Rádio Brasil Atual.

Em baixa com os resultados que colocam em alta a frustração, também se espera uma redução no nível de consumo das famílias, segundo a CNI. A pesquisa aponta ainda que o medo do desemprego é maior no Nordeste, entre os brasileiros com 45 e 54 anos e com grau de instrução até a quarta série do ensino fundamental. E a queda no nível de satisfação com a vida vem crescendo entre as pessoas que têm curso superior.

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