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No Dia de Greve e Paralisações, Avenida Paulista é palco de ato contra golpistas

Na tarde desta sexta-feira (11), centenas de pessoas se reuniram no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, para protestar contra os projetos de ataque à classe trabalhadora pretendidos por Michel Temer e parte do Congresso Nacional.

Na Paulista, o ato foi realizado pelos movimentos que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Por volta das 16h30, os participantes seguiram em marcha pela Avenida Brigadeiro Luiz Antônio para se unirem ao ato maior na Praça da Sé.

“Esse dia é da classe trabalhadora contra medidas como a PEC 241 (atual 55), que propõe congelar os recursos por 20 anos, principalmente das áreas sociais, saúde, educação, infraestrutura e moradia. Por isso estamos nas ruas, mobilizando e alertando a população”, diz Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares (CMP).

A manifestação teve uma grande presença da juventude, público que tem sido responsável por intensas mobilizações contra a Reforma do Ensino Médio, também proposta pelo governo golpista. Mariana Fontoura, do Levante Popular da Juventude, conta que essas mobilizações têm crescido porque os jovens sabem que o futuro está em risco.

“A juventude tem ocupado escolas e universidades no Brasil inteiro porque vamos que esse governo usurpador do Temer vai afetar nosso futuro, a vida de todo povo brasileiro. Se a PEC 55 passar, por exemplo, isso acabará com o sonho de se formar de muitos”, afirma.

O ato é parte das ações que ocorrem desde as primeiras horas desta sexta, data em que os movimentos sindical e sociais realizam o Dia Nacional de Greve e Paralisação por todo o Brasil.

Por São Paulo, foram registrados trancaços em importantes vias do Estado, assembleias, atrasos e paralisações nas portas de empresas, como forma de indicar ao governo ilegítimo que seus projetos de retirada de direitos não serão aceitos.

“Nosso movimento está crescendo e, de uma forma orgânica, hoje tivemos algumas categorias de trabalhadores e trabalhadoras que paralisaram, houve trancaço de rodovias, atos e ações por todo país. Então não tem outro caminho senão a luta popular direta na rua, pois essas medidas do governo atingem não somente uma categoria de trabalhadores, mas todo o conjunto da classe”, conclui Kelly Mafort, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Professores em Luta

Da Praça da República, os professores ligados ao Sindicato dos Professores na Rede Oficial no Estado de São Paulo (Apeoesp) também realizaram assembleia e protestos.

Um dos momentos marcantes da marcha que saiu da Paulista foi o encontro com a marcha dos professores, que também seguia para o mesmo destino, e assim foram juntos, com chuva, já nas proximidades do Viaduto Maria Paula.

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