O avanço da variante ômicron gerou mais um sinal de alerta para o perigo do colapso do sistema de saúde. Em um mês, a ômicron fez a média móvel de mortes no país saltar de 98 óbitos diários para 653, um aumento de 566%.
Todas as pesquisas estimam que o pico da doença deve ocorrer neste mês de fevereiro.
OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou no dia 2.fev o balanço semanal sobre a transmissão do coronavírus pelo mundo. Segundo a agência da ONU o total de mortes subiu 9%, atingindo 59 mil óbitos
Segundo o boletim, a ômicron continua se espalhando com rapidez e representa quase 94% dos novos casos registrados no mundo.
Subvariante BA.2
A agência revela também que a sublinhagem BA.2 da variante ômicron já foi confirmada em 57 países. Nas últimas semanas, a presença da subvariante BA.2 subiu 50% em vários países. A OMS pede mais investigações sobre as características da BA.2, com o objetivo de se conhecer melhor sua transmissibilidade, seu escape imunológico, suas propriedades e virulência.
CNS
Em face desse cenário, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) publicou no dia 28.jan uma recomendação para que o Ministério da Saúde disponibilize o acesso massivo aos testes RT/PCR para diagnóstico e o teste de antígeno para o controle da Covid-19 pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A recomendação orienta que a testagem seja realizada também em pessoas assintomáticas, integrada às estratégias da atenção básica e linhas de cuidado em articulação com as ações de vigilância em saúde, com disponibilização de autotestes.
O CNS pede ainda a obrigatoriedade do uso e a distribuição de máscaras de proteção respiratória de alta filtragem (PFF2 ou NN95) e álcool 70% para toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Desde o início da pandemia, essa tem sido uma das medidas solicitadas pelo CNS junto ao Ministério da Saúde. Apesar das necessidades apontadas pela entidade, a medida ainda não foi adotada pelo governo federal.