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Paralisação no Hospital do Servidor Público Municipal cobra solução rápida e definitiva que atenda às reivindicações dos trabalhadores

Ci­da­dã­os e ci­da­dãs de São Pau­lo,

Há pra­ti­ca­men­te 16 anos sem re­a­jus­tes nos sa­lá­ri­os, os fun­cio­nários do HSPM ain­da não foram incluídos no reajuste geral da PMSP. Não houve a aplicação dos 2,14%, tampouco a revogação do artigo 44 – que trata dos reajustes salariais – e a Evolução Funcional que deixou muito a desejar. O Pla­no de Car­gos, Car­rei­ras e Sa­lá­ri­o não está sendo aplicado corretamente e não cor­ri­ge as de­fa­sa­gens e as dis­tor­ções sa­la­ri­ais e a cla­ra dis­cri­mi­na­ção que a Pre­fei­tu­ra faz en­tre pro­fis­si­o­nais do mes­mo se­tor.

Além dis­so, a Ad­mi­nis­tra­ção re­cu­sa-se a ne­go­ci­ar uma so­lu­ção rá­pi­da e de­fi­ni­ti­va que dê con­ta de aten­der às rei­vin­di­ca­ções – ge­ra­is e pon­tu­ais – para que seja res­ta­be­le­cida a dig­ni­da­de, a va­lo­ri­za­ção pro­fis­si­o­nal, as con­di­ções de vi­da e tra­ba­lho e, des­sa for­ma, con­tri­bu­ir pa­ra me­lho­rar a qua­li­da­de dos ser­vi­ços do hospital. Ao in­vés dis­so, a Pre­fei­tu­ra pre­fe­re trans­fe­rir à ini­ci­a­ti­va pri­va­da os re­cur­sos pú­bli­cos, a ges­tão e as de­ci­sões so­bre es­sas áre­as cru­ci­ais. A in­tro­du­ção das Or­ga­ni­za­ções So­ci­ais – en­ti­da­des pri­va­das – na área da Sa­ú­de, são os exem­plos mais evi­den­tes. Es­sas en­ti­da­des atuam li­vre­men­te sem a me­nor pre­o­cu­pa­ção em pres­tar con­tas de seus atos, tan­to ao Exe­cu­ti­vo, quan­to ao Le­gis­la­ti­vo e, mui­to me­nos, à po­pu­la­ção. Se há re­cur­sos pa­ra a ini­ci­a­ti­va pri­va­da, por que não há re­cur­so pa­ra o Mu­ni­cí­pio cum­prir com su­as obri­ga­ções cons­ti­tu­ci­o­nais?

A si­tu­a­ção é re­al­men­te in­su­por­tá­vel. Inú­me­ros com­pa­nhei­ros re­ce­bem men­sal­men­te me­nos de um sa­lá­rio mí­ni­mo vi­gen­te no pa­ís; leis apro­va­das na Câ­ma­ra Mu­ni­ci­pal não são re­gu­la­men­ta­das e, o que é pi­or, não são cum­pri­das pe­la pró­pria Ad­mi­nis­tra­ção. O nos­so hos­pi­tal, o HSPM, es­tá en­tre­gue à pró­pria sor­te. Está sendo sucateado, falta material, cirurgias são suspensas. Há evasão de médicos e demais profissionais, não re­ce­be in­ves­ti­men­tos nem preenchimento de vagas com a convocação dos concursados pa­ra aten­der à de­man­da que cres­ce di­a­ria­men­te.

Os gran­des pre­ju­di­ca­dos, além de nós, ser­vi­do­res pú­bli­cos, são os ci­da­dã­os e ci­da­dãs de São Pau­lo que pre­ci­sam dos ser­vi­ços pú­bli­cos. Fi­las imen­sas nos cor­re­do­res dos hos­pi­tais, fal­ta de lei­tos, são uma tris­te ro­ti­na.

Nós, ser­vi­do­res, fa­ze­mos de tu­do, ape­sar de to­das as ad­ver­si­da­des, pa­ra ser­vir e aten­der bem a po­pu­la­ção. O que a po­pu­la­ção tal­vez não sai­ba é que o rit­mo de tra­ba­lho ex­te­nu­an­te, com­bi­na­do com a mais com­ple­ta fal­ta de con­di­ções e a pres­são do ci­da­dão e da ci­da­dã pe­lo bom aten­di­men­to têm le­va­do o fun­cio­na­lis­mo a ní­veis de es­tres­se ja­mais vis­to.

Não podemos abaixar a cabeça diante dessa situação. Por isso, em assembleia em frente ao HSPM – no dia 24 de setembro, às 16 horas – após reunião com a superintendência do hospital na qual não houve nenhum esboço de solução, decidimos pela paralisação no dia 28 de setembro em horários alternados: das 9 às 10 horas, das 14 às 15 horas e das 20 às 21 horas. Pedimos a compreensão de todos e juntem-se a nós na defesa dos serviços públicos.

**Fonte: Sindsep-SP**

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