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Plantão Psicológico: uma tentativa de aproximação

A demanda de profissionais de saúde que sentiam a necessidade de expor suas angústias cotidianas deu origem ao trabalho Plantão Psicológico e Programa Saúde da Família: Uma tentativa de aproximação. O projeto, com autoria de seis psicólogas pernambucanas, faz uma análise da prática e resultados do serviço de plantão psicológico, proposto pelo Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde ( PET-Saúde) nas unidades básicas de saúde de Pernambuco.

“A origem do projeto veio da observação necessidade dos trabalhadores das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) conversarem com alguém sobre o que acontecia no ambiente de trabalho, então pensamos na implantação do Plantão Psicológico para aquele público”, explica uma das autoras, Jonalva Paranã. 
Jonalva é responsável por apresentar a prática na 2ª Mostra Nacional de Práticas em Psicologia, que será realizada entre os dias 20 e 22 de setembro, no Anhembi, São Paulo.
Além de Jonalva, fazem parte da autoria do projeto as psicólogas Grace Liz Dantas, Jamile Drubi de Souza , Morgana Carolina Araújo, Ralliny Soares e Silvia Raquel de Morais.
Falhas que garantem reflexões 
Para dar origem ao trabalho, o grupo implantou e acompanhou por seis meses um serviço de Plantão Psicológico nas UBSs – fruto de uma articulação feita entre o estágio de Práticas Clínicas e o PET Saúde do Trabalhador – para atender aos profissionais de saúde durante o horário de trabalho. 
Antes do serviço ser iniciado, foi feita uma apresentação e justificativa prévias que aproximavam o público à dinâmica do serviço. O Programa foi então organizado em oficinas articuladas pelas mini-equipes que compunham a linha Saúde do Trabalhador.
Um dos questionamentos que surgiu após a realização do o projeto foi que, ao longo de todo o semestre, somente dois profissionais procuraram o serviço de Plantão Psicológico. “Isto originou diversas indagações que foram avaliadas da seguinte maneira: precariedade de preparação da equipe sobre as perspectivas do Plantão Psicológico”. 
A necessidade de comunicações mais efetivas e a dificuldade dos trabalhadores de se aproximarem do plantão, por medo de expor suas fragilidades, também foram alguns dos pontos considerados pelas psicólogas sobre o pouco sucesso da iniciativa.
“O Plantão veio com a proposta de romper com moldes tradicionais de prática psicológica, mas a não compreensão ou não disponibilidade para isso fez do serviço em questão uma continuidade do formato tradicional de clínica: não houve aproximação!”, constatou Jonalva.
Apesar das falhas na execução do projeto, o saldo positivo foi considerado pela equipe no sentido de reavaliação da prática psicológica. E é isto que o trabalho vai contar na 2ª Mostra. 
“As trocas promovidas por esses espaços sempre produzem novos conhecimentos, e a Mostra irá contribuir com essas reflexões”, conclui a autora.

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