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Se 80 tiros não te fazem refletir sobre o racismo, você também é responsável pela morte

No último dia 07 de abril de 2019, na Zona Oeste do Rio, militares do exército atiraram 80 vezes no carro de Evaldo Rosa dos Santos. Estavam no carro sua esposa, o filho de sete anos, uma amiga da família e o sogro, que também foi baleado.

O fato ocorreu por volta das 14h40. Uma pessoa que passava pelo local também foi ferida. O delegado Leonardo Salgado, da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, deu declarações afirmando que “tudo indica que os militares realmente confundiram o veículo com um veículo de bandidos. Mas neste veículo estava uma família. Não foi encontrada nenhuma arma no carro”.

Engano, será que o ato foi engano. Os militares sabiam que Sr Evaldo era um homem negro, e mesmo saindo mulher e criança do carro, eles não pararam de atirar. Sr Evaldo Rosa dos Santos, tinha uma família negra. 80 vezes. 80 tiros. 80 vezes as dores de uma comunidade que se identifica. A comunidade negra, que morre a cada tiro que é dado, mais uma vez, como todas as vezes. O “engano” dos militares nos coloca nesse lugar de também sentir a dor da perda. Há vários relatos dos familiares de Evaldo Rosa dos Santos.

De acordo com uma lei sancionada em 2017, os assassinos de Evaldo serão julgados por uma corte militar. Fica a pergunta: Será que o Estado vai se responsabilizar ?
80 vezes esse Sindicato vai dizer que somos a favor da vida e contra o racismo.

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