Sem acordo. Este foi o resultado da mesa de conciliação entre o SinPsi e o Sindicato das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo (SindHosFil-SP), que ocorreu na manhã desta sexta-feira (25), na seção de Relações do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Na ocasião, o SindHosFil-SP se mostrou irredutível na negociação do reajuste salarial com ganho real, conforme a pauta. O patronal manteve a recusa à simples reposição das perdas salariais, que são de 6,07%, de acordo com o índice inflacionário do INPC.
Sendo assim, a conciliadora da mesa decidiu por suspender a negociação e dar o prazo de 15 dias para que o SindHosFil-SP consultasse novamente suas bases, para viabilizar a possibilidade de ao menos alcançar o índice. E aproveitou para alertar a entidade sobre a importância do dissídio de acordo com a inflação INPC.
Mas o jurídico do SinPsi não vai esperar o prazo de 15 dias, de forma que já ajuizou pedido de dissídio na Justiça do Trabalho.
“Se o patronal aceitar pagar os 6,07% nos próximos dias, melhor, pois muitas vezes o julgamento de dissídio demora, leva muito mais tempo. Mesmo assim já demos esse passo. Vamos ver se o patronal negocia agora”, afirma Rogério Giannini, presidente do SinPsi.
Como em todos os anos, o SinPsi apresentou sua pauta de reivindicações para o acordo coletivo com o SindHosfil. A contraproposta da entidade patronal foi de 5,54%, bem inferior ao índice de perda salarial registrado. O SinPsi recusou. Frente a não aceitação, os patrões apresentaram a segunda contraproposta de reajuste de 6%, insistindo em impor à categoria uma perda real de salario, que também foi recusada.