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SinPsi participa e convoca para curso de capacitação em Saúde da população negra

O Conselho de Desenvolvimento e Participação da Comunidade Negra de Campinas, em parceria com o SinPsi, a Unicamp, entre outras entidades, vai promover, nos dias 23 e 24 de novembro, o curso “Capacitação em Saúde da População Negra”, das 8h30 às 17h30, na Coordenadoria Especial de Promoção da Igualdade Racial (CEPIR), à Av. Campos Sales, 427, no centro de Campinas.

O objetivo é reunir pessoas interessadas na questão da Saúde, trabalhadoras e trabalhadores de Saúde e, assim, fornecer subsídios no que se refere à saúde da população negra, ampliar e atualizar os conhecimentos, bem como promover um atendimento integral e adequado ás especificidades e identificar as iniquidades raciais em Saúde.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas neste link.

O Sistema Único de Saúde (SUS) já prevê entre seus princípios a equidade no atendimento, que significa ofertar mais a quem mais precisa, ou seja, prestar um cuidado igualitário, mas respeitando as desigualdades existentes.

Um dos fatores essenciais para estabelecer indicadores de Saúde com recorte racial é o preenchimento adequado do quesito raça/cor nos instrumentos utilizados nos serviços. Do Censo do ano 2000 para o de 2010, foi observado aumento no número de pessoas que se autodeclararam negras (pretos e pardos) no Brasil.

“É importante que os serviços compreendam a importância e estejam preparados para perguntar: ‘Qual a sua cor?’”, diz Cinthia Vilas Boas, secretária de Políticas Sociais do SinPsi, que participará da mesa sobre sofrimento psíquico, de acordo com a programação do evento.

Nos indicadores de Saúde, observa-se o impacto em agravos geneticamente determinados e negligenciados, agravados ou de tratamento dificultado pelas condições desfavoráveis de vida da população negra, entre elas a anemia falciforme e glaucoma, bem prevalente nesse grupo; a hipertensão arterial (pressão alta), que se inicia mais precocemente e apresenta evolução mais grave também na população negra; miomas, que são três vezes mais comuns em mulheres negras; diabetes tipo 2, que é 9% mais comum entre os homens negros do que em brancos e 50% mais comum em mulheres negras do que em brancas. Isso sem falar das doenças do trabalho, mortes violentas, mortalidade materna e mortalidade infantil.

Reconhecendo esta situação, o Ministério da Saúde lançou, em 2014, a Campanha de Enfrentamento ao Racismo no SUS, pois, ao produzir situações de vida contrárias à promoção de saúde, tornar difícil o acesso da população negra aos diferentes setores e níveis do SUS ou propagar e utilizar preconceitos e estereótipos nos atendimentos eram estabelecidos entraves na garantia da saúde da população negra.

“O curso é um modo de dar continuidade a essa campanha. é essencial que os serviços e principalmente os profissionais da Saúde conheçam as diferentes formas de viver, adoecer e morrer, para que prestem uma assistência à Saúde mais singular”, afirma a dirigente sindical.

Programação

Dia 23/11 – quinta-feira
9h às 10h – Abertura
11h às 12h30 – Doenças Prevalentes na População Negra – Prof. Dr. Francisco Hideo Aoki
12h30 às 14h – Almoço – por conta de cada participante
14h às 17h – Sofrimento Psíquico – Celia Zenaida da Silva, Cinthia Cristina da Rosa Vilas Boas e Renata Cristina Cardozo

Dia 24/11 – sexta-feira
9h às 12h30 – Política Nacional de Saúde da População Negra e articulações – Dr. Celso Ribeira de Almeida
12h30 às 14h – Almoço – Por conta de cada participante
14h às 16h30 – Racismo Institucional e Quesito Raça Cor – Aparecida do Carmo Miranda Campos
16h30 às 17h30 – Avaliação, encaminhamentos e ações – Renata Cristina Cardozo

Saiba mais na fanpage do curso, clicando neste link.

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