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SP: Juventude CUTista discute participação em meio a retrocessos

Foram discutidas formas de participação do encontro regional que será organizado pela CUT

Em fevereiro, quando o Brasil tinha mais de 12 milhões de desempregados, os jovens entre 18 e 24 anos representavam 26,5%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Hoje, o quadro de pessoas sem trabalho passa dos 13 milhões e os dados tendem a ser piores para a juventude.

Com Temer e seus aliados no poder, não há perspectivas de melhoras em nenhuma área, pois saúde, educação, cultura e esportes, por exemplo, também sofrem com o desmonte a falta de investimentos do governo.

Para discutir esse cenário e os desafios da participação da juventude no movimento sindical, os membros do Coletivo de Juventude da CUT-SP se reuniram na semana passada com representantes de jovens trabalhadores dos petroleiros, bancários, professores estaduais, enfermeiros, metalúrgicos e municipais.

Na pauta, além do desemprego, os participantes falam sobre a participação nos espaços de controle social, como a eleição do Conselho Municipal dos Direitos da Juventude, órgão da Prefeitura de São Paulo formado pelo governo e a sociedade civil para discutir políticas da cidade voltadas a essa população, que irá eleger a nova composição em eleição prevista para o dia 19 de agosto.

“É importante ocupar esses espaços de controle social e a juventude da CUT-SP vai participar, pois desde o golpe de 2016 temos visto nossos direitos sendo retirados. A tentativa de impedir Lula de ser candidato, inclusive, é a continuidade dessa política perversa de aprofundar as desigualdades entre a população”, afirma a secretária de Juventude da CUT-SP, Cibele Vieira.

Também foram discutidas as estratégias de participação do encontro regional da Juventude CUTista, prevista para ocorrer neste semestre, organizado pela CUT Nacional.

Entre os outros temas abordados, houve um debate sobre os movimentos conservadores brasileiros, que tem fortalecido os discursos de ódio contra mulheres, negros, indígenas, LGBTs e as entidades sociais e sindical. “Temos condições de fazer essa disputa de ideias. É um desafio colocado, e o debate de fundo disso é o debate de projeto de país, sobre qual Brasil queremos para os próximos 30, 50 anos, e a juventude tem muito que contribuir”, disse Gabriela Guedes, militante do Levante Popular da Juventude que foi convidada para o encontro, ao lado do secretário geral da CUT-SP, João Cayres, que contribuiu com uma análise sobre a conjuntura política do país.

 

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